Classificação das Feridas Operatórias
Limpas
Limpas / Contaminadas
Contaminadas
Sujas / Infectadas
Feridas Operatórias
Se dividem em:
INCISIVAS - Quando não há perda de tecido.
EXCISIVAS - Quando ocorre a remoção de uma área da pele.
TIPOS DE FERIDAS
Feridas complicadas
Feridas Simples
FISIOLOGIA DA CICATRIZAÇÃO FASE INFLAMATÓRIA
Fase trombocítica
Fase glanulocítica-Debridamento da ferida
Defesa contra infecção, esse processo de limpeza leva a formação de pus
Fase macrofásica - Hemostasia, vasodilatação dos vasos íntegros,atração de céls. de defesa (trombócitos, eritrócitos, neutrófilos e macrófagos), limpeza e proteção, ativação do processo cicatricial
Sinais clínicos: Hiperemia, calor, edema e dor
TIPOS DE CICATRIZAÇÃO
Mínimo de perda tecidual
Resposta inflamatória rápida
Reduz incidência de complicações
Bordas regulares unidos por suturas
Cicatriz com menor índice de defeitos
Pele íntegra,Hiperemia, Descoloração ou Endurecimento
CICATRIZAÇÃO SECUNDÁRIA
É consequência de complicações
Grande perda tecidual
Período cicatricial mais prolongado devido a resposta inflamatória intensa
Maior incidência de defeitos cicatriciais(cicatriz hipertrófica, quelóide
Ferida (ulceração) superficial, Bolha
FATORES ADVERSOS À CICATRIZAÇÃO
Subdividem-se em Fatores Sistêmicos e Fatores Locais
FATORES SISTÊMICOS
Má nutrição
Doenças crônicas
Insuficiência do sistema imunológico
Má perfusão tecidual
Idade avançada
Terapia medicamentosa
Ferida Profunda Superficial Comprometimento até a fáscia muscular
FATORES ADVERSOS À CICATRIZAÇÃO
FATORES LOCAIS
Infecção
Isquemia
Necrose
Corpos estranhos / crosta
Agentes irritantes
Lesão muito extensa
AVALIANDO A FERIDA
CARACTERÍSTICAS DO TECIDO DE GRANULAÇÃO
TECIDO DE GRANULAÇÃO SADIO :
Brilhante
Não sangra facilmente ou muito pouco
Vermelho vivo
TECIDO DE GRANULAÇÃO DOENTE :
Vermelho escuro
Sem brilho ou ressecado
Sangra com abundância
DIFICULDADES NA IDENTIFICAÇÃO DE FERIDAS INFECTADAS
Os sintomas de inflamação da fase inicial podem ser confundidos com sintomas de infecção
Doentes imunossupressos podem não apresentar sintomas clássicos de inflamação ou sequer de infecção
Uma ferida que não cicatriza pode ser o único sintoma da presença de infecção
Algumas infecções são “silenciosas”, com sintomatologia atípica
Má interpretação ou desprezo de resultados microbiológicos
Desvalorizar ou super-valorizar presença ou ausência de alguns sinais como exsudato purulento
AVALIAÇÃO DO ESTADO DA FERIDA
Mensuração
Extensão do tecido envolvido
Presença de espaço morto
Localização anatômica
Tipo de tecido no leito da ferida
Cor da ferida
Exsudato
Borda da ferida
Infecção
COR DO TECIDO
Granulação: Rosa, vermelho pálido, vermelho vivo
Fibrina: Amarelo, marrom
Necrose:Cinza, marrom, negra
EXSUDATO
Volume
Odor
Cor
Consistência
Pode ser: seroso, serosanguinolento, sanguinolento e purulento
BORDAS
Epitelização
Necrose
Isquemia
Macerada
Irregular
Infecção
Contaminação
CURATIVO IDEAL-Mantém Alta Umidade
Nada de curativos secos em feridas abertas. Não há necessidade de secar feridas abertas, somente a pele ao redor dela.
Remove o Excesso de Exsudação
O curativo deve ter um pouco de absorvência. Pode ser necessário fornecer um segundo chumaço.
Tipos de Curativo
A - HIDROGEL
Composição: Carboximetilcelulose + Propilenoglicol + água (70 à 90%)
Ação: Debridamento autolítico / remover crostas e tecidos desvitalizados em feridas abertas
Forma de apresentação: Amorfo e placa
B - HIDROCOLÓIDE
Composição: Carboximetilcelulose + gelatina + pectina
Forma de apresentação: Amorfo e placa
Ação: É hidrofílico, absorve o exsudato da ferida, formando um gel viscoso e coloidal que irá manter a umidade na interface da ferida
C - PAPAÍNA
Composição: Enzima proteolítica. São encontradas nas folhas, caules e frutos da planta Carica Papaya
Forma de apresentação: Pó, gel e pasta
Atuação: Desbridante (enzimático) não traumática / anti-inflamatória / bactericida / estimula a força tênsil das cicatrizes; pH ótimo de 3-12; atua apenas em tecidos lesados.
Observações: Diluições: 10% para necrose; 4 à 6% para exsudato purulento e 2% para uso em tecido de granulação; cuidados no armazenamento (fotossensível) e substâncias oxidantes (ferro/iodo/oxigênio); manter em geladeira
1 - PRODUTOS DERIVADOS DO IODO
Composição: Polivinil-pirrolidona-iodo (PVPI)
Ação: Penetra na parede celular alterando a síntese do ácido nucleico, através da oxidação
Indicação: Antissepsia de pele e mucosas peri-cateteres
Contra-indicação: Feridas abertas de qualquer etiologia
Observações: É neutralizado na presença de matéria orgânica / Em lesões abertas altera o processo de cicatrização (citotóxico para fibroblasto, macrófago e neutrófilo) e reduz a força tensil do tecido
3 - PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO (ÁGUA OXIGENADA)
Composição: Peróxido de hidrogênio à 3%
Ação: Bactericida limitado
Indicação: Não existe para ferida
Contra-indicação: Inapropriado para uso como antisséptico
Observações: Citotóxico / Colapso da ferida por formação de bolhas de ar
Tratamento das Ferida Infectadas
Conforme a intensidade do trauma, a ferida pode ser considerada superficial, afetando apenas as estruturas de superfície, ou grave, envolvendo vasos sangüíneos mais calibrosos, músculos, nervos, fáscias, tendões, ligamentos ou ossos. Independentemente da etiologia da ferida, a cicatrização segue um curso previsível e contínuo, sendo dividida didaticamente em três fases (fase inflamatória, fase proliferativa e fase de maturação).
Curativo
Os objetivos do curativo são a proteção da ferida, prevenção de infecção em caso de fechamento por segunda intenção ou uso de dreno e facilitação do processo de cicatrização.
FERIDAS INFECTADAS:
O processo de cicatrização só será iniciado quando o agente agressor for eliminado e o exsudato e os tecidos desvitalizados retirados. Fundamental nesta situação é a limpeza meticulosa. O excesso de exsudato deve ser removido, juntamente com exotoxinas e debris, pois a presença desses componentes pode retardar o crescimento celular e prolongar a fase inflamatória, o que prejudica a formação do tecido de granulação.
CARACTERÍSTICAS DE UM CURATIVO IDEAL:
Manter a umidade no leito da ferida;
Manter a temperatura em torno de 37o C no leito da ferida;
Absorver o excesso de exsudato, mantendo uma umidade ideal;
Prevenir a infecção, devendo ser impermeável a bactérias;
Permitir sua remoção sem causar traumas no tecido neoformado;
Não deixar resíduos no leito da ferida;
Limitar a movimentação dos tecidos em torno da ferida;
Proteger contra traumas mecânicos.
COLETA DE CULTURA:
Feridas, abscessos e exsudatos: limpar a ferida com SF0,9%, coletar o material purulento na parte mais profunda da ferida, aspirando com seringa ou agulha. A escarificação das bordas é o material adequado para cultura. Swabs são menos recomendados;
Lesões abertas úmidas e úlceras: limpar ao redor da ferida com gaze embebida em álcool a 70%, remover crostas com SF0,9%, passar o swab na base e bordas, colocá-lo em meio de cultura e enviar imediatamente ao laboratório. Não coletar pus emergente;
Espécime cirúrgico (biópsias e secreções): técnica de coleta asséptica, deverá ser coletada pelo médico. Enviar o fragmento imediatamente ao laboratório;
Fragmento de tecido: colher o material assepticamente, colocando em frasco estéril ou contendo SF0,9% estéril.
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