sexta-feira, 19 de março de 2010

FERIDAS CLASSIFICAÇÕES E COMPLICAÇÔES -Prof-Hélia Valêska - Clinica Cirúrgica-II

Classificação das Feridas Operatórias
Limpas
Limpas / Contaminadas
Contaminadas
Sujas / Infectadas

Feridas Operatórias
Se dividem em:
INCISIVAS - Quando não há perda de tecido.
EXCISIVAS - Quando ocorre a remoção de uma área da pele.

TIPOS DE FERIDAS
Feridas complicadas

Feridas Simples



FISIOLOGIA DA CICATRIZAÇÃO FASE INFLAMATÓRIA
Fase trombocítica
Fase glanulocítica-Debridamento da ferida
Defesa contra infecção, esse processo de limpeza leva a formação de pus

Fase macrofásica - Hemostasia, vasodilatação dos vasos íntegros,atração de céls. de defesa (trombócitos, eritrócitos, neutrófilos e macrófagos), limpeza e proteção, ativação do processo cicatricial

Sinais clínicos: Hiperemia, calor, edema e dor

TIPOS DE CICATRIZAÇÃO

Mínimo de perda tecidual
Resposta inflamatória rápida
Reduz incidência de complicações
Bordas regulares unidos por suturas
Cicatriz com menor índice de defeitos

Pele íntegra,Hiperemia, Descoloração ou Endurecimento

CICATRIZAÇÃO SECUNDÁRIA
É consequência de complicações
Grande perda tecidual
Período cicatricial mais prolongado devido a resposta inflamatória intensa
Maior incidência de defeitos cicatriciais(cicatriz hipertrófica, quelóide

Ferida (ulceração) superficial, Bolha

FATORES ADVERSOS À CICATRIZAÇÃO
Subdividem-se em Fatores Sistêmicos e Fatores Locais
FATORES SISTÊMICOS
Má nutrição
Doenças crônicas
Insuficiência do sistema imunológico
Má perfusão tecidual
Idade avançada
Terapia medicamentosa

Ferida Profunda Superficial Comprometimento até a fáscia muscular

FATORES ADVERSOS À CICATRIZAÇÃO
FATORES LOCAIS
Infecção
Isquemia
Necrose
Corpos estranhos / crosta
Agentes irritantes
Lesão muito extensa

AVALIANDO A FERIDA
CARACTERÍSTICAS DO TECIDO DE GRANULAÇÃO
TECIDO DE GRANULAÇÃO SADIO :
Brilhante
Não sangra facilmente ou muito pouco
Vermelho vivo

TECIDO DE GRANULAÇÃO DOENTE :
Vermelho escuro
Sem brilho ou ressecado
Sangra com abundância

DIFICULDADES NA IDENTIFICAÇÃO DE FERIDAS INFECTADAS
Os sintomas de inflamação da fase inicial podem ser confundidos com sintomas de infecção
Doentes imunossupressos podem não apresentar sintomas clássicos de inflamação ou sequer de infecção
Uma ferida que não cicatriza pode ser o único sintoma da presença de infecção
Algumas infecções são “silenciosas”, com sintomatologia atípica
Má interpretação ou desprezo de resultados microbiológicos
Desvalorizar ou super-valorizar presença ou ausência de alguns sinais como exsudato purulento

AVALIAÇÃO DO ESTADO DA FERIDA
Mensuração
Extensão do tecido envolvido
Presença de espaço morto
Localização anatômica
Tipo de tecido no leito da ferida
Cor da ferida
Exsudato
Borda da ferida
Infecção

COR DO TECIDO
Granulação: Rosa, vermelho pálido, vermelho vivo
Fibrina: Amarelo, marrom
Necrose:Cinza, marrom, negra

EXSUDATO
Volume
Odor
Cor
Consistência

Pode ser: seroso, serosanguinolento, sanguinolento e purulento

BORDAS
Epitelização
Necrose
Isquemia
Macerada
Irregular
Infecção
Contaminação

CURATIVO IDEAL-Mantém Alta Umidade
Nada de curativos secos em feridas abertas. Não há necessidade de secar feridas abertas, somente a pele ao redor dela.

Remove o Excesso de Exsudação
O curativo deve ter um pouco de absorvência. Pode ser necessário fornecer um segundo chumaço.

Tipos de Curativo
A - HIDROGEL
Composição: Carboximetilcelulose + Propilenoglicol + água (70 à 90%)
Ação: Debridamento autolítico / remover crostas e tecidos desvitalizados em feridas abertas
Forma de apresentação: Amorfo e placa
B - HIDROCOLÓIDE
Composição: Carboximetilcelulose + gelatina + pectina
Forma de apresentação: Amorfo e placa
Ação: É hidrofílico, absorve o exsudato da ferida, formando um gel viscoso e coloidal que irá manter a umidade na interface da ferida
C - PAPAÍNA
Composição: Enzima proteolítica. São encontradas nas folhas, caules e frutos da planta Carica Papaya
Forma de apresentação: Pó, gel e pasta
Atuação: Desbridante (enzimático) não traumática / anti-inflamatória / bactericida / estimula a força tênsil das cicatrizes; pH ótimo de 3-12; atua apenas em tecidos lesados.
Observações: Diluições: 10% para necrose; 4 à 6% para exsudato purulento e 2% para uso em tecido de granulação; cuidados no armazenamento (fotossensível) e substâncias oxidantes (ferro/iodo/oxigênio); manter em geladeira

1 - PRODUTOS DERIVADOS DO IODO
Composição: Polivinil-pirrolidona-iodo (PVPI)
Ação: Penetra na parede celular alterando a síntese do ácido nucleico, através da oxidação
Indicação: Antissepsia de pele e mucosas peri-cateteres
Contra-indicação: Feridas abertas de qualquer etiologia
Observações: É neutralizado na presença de matéria orgânica / Em lesões abertas altera o processo de cicatrização (citotóxico para fibroblasto, macrófago e neutrófilo) e reduz a força tensil do tecido

3 - PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO (ÁGUA OXIGENADA)
Composição: Peróxido de hidrogênio à 3%
Ação: Bactericida limitado
Indicação: Não existe para ferida
Contra-indicação: Inapropriado para uso como antisséptico
Observações: Citotóxico / Colapso da ferida por formação de bolhas de ar

Tratamento das Ferida Infectadas
Conforme a intensidade do trauma, a ferida pode ser considerada superficial, afetando apenas as estruturas de superfície, ou grave, envolvendo vasos sangüíneos mais calibrosos, músculos, nervos, fáscias, tendões, ligamentos ou ossos. Independentemente da etiologia da ferida, a cicatrização segue um curso previsível e contínuo, sendo dividida didaticamente em três fases (fase inflamatória, fase proliferativa e fase de maturação).

Curativo
Os objetivos do curativo são a proteção da ferida, prevenção de infecção em caso de fechamento por segunda intenção ou uso de dreno e facilitação do processo de cicatrização.

FERIDAS INFECTADAS:
O processo de cicatrização só será iniciado quando o agente agressor for eliminado e o exsudato e os tecidos desvitalizados retirados. Fundamental nesta situação é a limpeza meticulosa. O excesso de exsudato deve ser removido, juntamente com exotoxinas e debris, pois a presença desses componentes pode retardar o crescimento celular e prolongar a fase inflamatória, o que prejudica a formação do tecido de granulação.

CARACTERÍSTICAS DE UM CURATIVO IDEAL:
Manter a umidade no leito da ferida;
Manter a temperatura em torno de 37o C no leito da ferida;
Absorver o excesso de exsudato, mantendo uma umidade ideal;
Prevenir a infecção, devendo ser impermeável a bactérias;
Permitir sua remoção sem causar traumas no tecido neoformado;
Não deixar resíduos no leito da ferida;
Limitar a movimentação dos tecidos em torno da ferida;
Proteger contra traumas mecânicos.

COLETA DE CULTURA:
Feridas, abscessos e exsudatos: limpar a ferida com SF0,9%, coletar o material purulento na parte mais profunda da ferida, aspirando com seringa ou agulha. A escarificação das bordas é o material adequado para cultura. Swabs são menos recomendados;
Lesões abertas úmidas e úlceras: limpar ao redor da ferida com gaze embebida em álcool a 70%, remover crostas com SF0,9%, passar o swab na base e bordas, colocá-lo em meio de cultura e enviar imediatamente ao laboratório. Não coletar pus emergente;
Espécime cirúrgico (biópsias e secreções): técnica de coleta asséptica, deverá ser coletada pelo médico. Enviar o fragmento imediatamente ao laboratório;
Fragmento de tecido: colher o material assepticamente, colocando em frasco estéril ou contendo SF0,9% estéril.

quarta-feira, 17 de março de 2010

PROGRAMAS DE ATENÇÃO BÁSICA - Saúde Pública II - ASSUNTO PARA PROVA

OS PROGRAMAS DE ATENÇÃO BÁSICA AMPLIADA
Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS), em 1991
Programa Saúde da Família (PSF), em 1994 - que ampliou as atividades do PACS e incorporou os agentes comunitários de saúde e outros profissionais da área (tais como o enfermeiro, o médico e o auxiliar de enfermagem) às suas atividades.

Embora seja denominado programa, o PSF é, antes de tudo, uma estratégia cujo principal objetivo é reorientar as práticas de atenção à saúde através da mudança do foco de atuação - do indivíduo para a família e para o ambiente onde ela vive.

A função da Equipe de Saúde da Família (ESF) é prestar assistência contínua à comunidade, acompanhando integralmente a saúde da criança, do adulto, da mulher, dos idosos, enfim, de todas as pessoas que vivem no território sob sua responsabilidade

As principais mudanças esperadas com a implantação da estratégia de Saúde da Família presentes no modelo de assistência do PSF são:
mudança de enfoque – ao invés de dar atenção à doença, a preocupação estará centrada na atenção à saúde;
atenção a todos os aspectos da saúde do indivíduo e de sua família - tanto os que merecem ações preventivas (tabagistas) como os que necessitam de ações de promoção da saúde (gestantes) ou curativas (pacientes em pós-operatório), através de contato à unidade básica de saúde da família e encaminhamento às unidades de referência, quando necessário;

responsabilidade pela prestação de assistência por área territorial e população adstrita – tal enfoque permite um planejamento mais adequado das atividades;
formação de equipe interdisciplinar adequada ao número de clientes assistidos, com a incorporação do agente comunitário de saúde.

EQUIPE DO PSF
Constituídas por no mínimo:
um médico
um enfermeiro,
um auxiliar de enfermagem
quatro a seis agentes comunitários de saúde, sendo formadas por meio de processo de seleção variável em cada município.

EQUIPE DE SAÚDE BUCAL
um dentista;
um THD (Técnico de Higiene Dental)
um ACD (Atendente de Consultório Dentário).

ÁREAS E MICROÁREAS
Cada macroárea ou área são divididas em microáreas de acordo com os números de ACS.
Ex: Micro 1Fernanda ACS, Micro 2 Joana...

OBS.: Cada Equipe de Saúde da Família é responsável por um número determinado de famílias. Recomenda-se que cada ESF acompanhe entre 600 e 1000 famílias, não ultrapassando o limite máximo de 4500 pessoas.

Sistema de Informações sobre Ações Básicas (SIAB)
Utilizado para avaliar os resultados obtidos com o desenvolvimento de atividades das equipes do PSF e estudar as características das pessoas, dos domicílios e das condições de saneamento em que vivem as famílias sob responsabilidade das equipes
A avaliação das atividades do programa considera, ainda, os indicadores de saúde produzidos, o alcance das metas programadas, a satisfação da equipe de saúde da família e dos usuários e alterações efetivas no modelo assistencial.

SIAB
Os instrumentos de coleta de dados organizados pelo SIAB são:
A ficha de cadastramento das famílias – FICHA A
As fichas de acompanhamento de gestantes, hipertensos, diabéticos, pacientes com tuberculose e hanseníase – FICHA B
A ficha de acompanhamento de crianças – FICHA C
O registro quantitativo das atividades, procedimentos e notificações realizadas pelas equipes – FICHA D
Os relatórios produzidos através do SIAB permitem:
Conhecer a realidade sócio-sanitária da população acompanhada
Avaliar a adequação dos serviços de saúde oferecidos e readequá-los sempre que necessário
Melhorar a qualidade dos serviços de saúde

CADASTRAMENTO DA CLIENTELA – ficha A
dados demográficos – nome, data de nascimento, idade e sexo. - dados socioeconômicos - escolaridade, ocupação, meios de transporte utilizados;
- dados socioculturais - religião, meios de comunicação utilizados, participação em grupos comunitários;
- dados sobre o meio ambiente - sistema de coleta de lixo, fonte de água para consumo, tipo de casa, tratamento de água no domicílio, destino de dejetos;
- dados de morbidade - presença de indivíduos portadores de doenças ou condições especiais, serviços utilizados em caso de doença, aquisição de plano de saúde.



DIAGNÓSTICO SITUACIONAL
Permite conhecer os problemas que serão prioridades.
Deve ser construído por toda a equipe, em conjunto com as famílias, permitindo a detecção de fatores de risco que determinarão a prioridade de intervenção das equipes, através da elaboração de um plano local para seu enfrentamento.
A equipe elabora seu processo de trabalho

PROGRAMAS DO ESF
PACS
Saúde da Mulher (Planejamento Familiar, SIS-Pré-Natal, SISCOLO,DST/AIDS)
Saúde Bucal
Saúde da Criança
Controle do DIA E HAS (HIPERDIA)
Programa Nacional de Imunizações(PNI)
Controle da Tuberculose-TB
Eliminação da Hanseníase-HANS
Assistência Farmacêutica
Alimentação e Nutrição (SISVAN)

ATIVIDADES EXECUTADAS PELA ESF
SAÚDE DA CRIANÇA
Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento.
Promoção do aleitamento materno.
Combate às carências nutricionais.
Imunização e participação em Campanhas
Assistência às doenças prevalentes na infância, diarréias em crianças menores de 5 anos, IRA ( Infecções Respiratórias Agudas)em menores de 5 anos.
Atividades Educativas de promoção da saúde e prevenção das doenças.
Busca ativa nos pacientes faltosos e com doenças crônicas e transmissíveis

SAUDE DA MULHER
Acompanhamento de pré-natal de baixo risco;
Vacinação anti-tetânica;
Avaliação do puerpério;
Atividades Educativas para promoção da saúde
Busca de faltosos;
Coleta de material para exame de citopatologia;
Consulta médica e de enfermagem;
Busca ativa nos pacientes faltosos e com doenças crônicas e transmissíveis.

SAÚDE DO ADULTO/IDOSO
Assistência ao controle da HA/DIA;
Acompanhar pacientes com doenças crônicas degenerativas, seqüelas de AVC e transtornos mentais dentre outras;
Participar de campanhas de vacinação
Busca ativa nos pacientes faltosos e com doenças crônicas e transmissíveis

ATRIBUIÇÕES DO TÉC. DE ENFERMAGEM
Participar do planejamento e organização das atividades a serem desenvolvidas e discutir a forma como a equipe desenvolverá o trabalho;
Identificar junto com os ACS as famílias que estão expostos a riscos à saúde;
Realizar visitas domiciliares, junto com o ACS;
Acompanhar a consulta de enfermagem dos indivíduos, auxiliando o enfermeiro na identificação dos problemas, visando garantir o melhor monitoramento das condições do cliente;
Executar procedimentos de vigilância sanitária e epidemiológica nas áreas de atenção à saúde dos indivíduos, de acordo com as prioridades estabelecidas em conjunto pela equipe do PSF e comunidade

DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS E AIDS - Saúde Pública II

FATORES DE RISCO
Prostíbulo ;
Usuários de drogas ilícitas e licitas;
Adolescentes;
Infidelidade/Aumento n° de parceiros ;
Abuso sexual;
Baixa escolaridade e condições sócio econômica
Meio social

O que significa DST?
Doenças Sexualmente Transmissíveis

DSTs podem causar:
Corrimentos
Feridas
Verrugas

Que causam corrimentos


Candidíase / Agente etiológico - Candida albicans,

Corrimento de cor branca, tipo leite coalhado, inodoro
Coceira intensa
Ardência durante o ato sexual
Irritação dos órgãos

Tricomoníase/ Agente etiologico- Trichomonas vaginalis


Corrimento amarelado ou esverdeado, espumoso com odor fétido
Prurido;
Dispareunia
Ou assintomáticos

Gonorréia /Agente etiológico - Neisseria gonorrhoeae,




Homem, inflamação do meato uretral, com corrimento purulento no canal uretral com odor fétido, disúria e ardência na micção.
Mulheres infectadas 70% são assintomáticas, podendo ter corrimento vaginal purulento, dispareunia e disúria.

Que causam feridas



Linfogranuloma venéreo/ Agente etiológico - Chlamydia tracomatis,


Donovanose
Agente etiológico - Calymmatobacterium granulomatis



Febre, ardência , prurido, eritema, vesículas/pústulas e ulceras/ dolorosa
Algumas pessoas podem estar infectadas mas assintomáticas.

Sífilis (Primária - Cancro duro)
Agente etiológico - Treponema pallidum


Ferida nos órgãos genitais, com fundo brilhante e borda regular, indolor, acompanhada de íngua na virilha.
Os sintomas surgem de 1 a 4 semanas após o contágio.
Pessoas infectadas podem não apresentar sintomas.

Sífilis (Secundária)

Os sintomas surgem até 6 meses após o contágio.
Exantema no corpo (roseola), principalmente nas palmas das mãos e plantas dos pés.
Não coçam, mas podem surgir ínguas

Sífilis (Terciária ou Tardia)


Ocorre vários anos após o contágio.
Podem ser afetados: pele, coração, ossos e cérebro, podendo levar à morte.

Sífilis (Congênita)

Transmitida vertical durante a gravidez, podendo levar a óbito (aborto ou parto prematuro) ou nascer com mal formação.



AIDS
Síndrome da Imuno Deficiência Adiquirida
Formas de Transmissão
Sexo (vaginal, oral ou anal) sem a proteção da camisinha
Da mãe infectada para o bebê, durante a gestação, no parto ou na amamentação
Seringas compartilhadas
Objetos perfuro-cortantes
Transfusão com sangue infectado

Não Transmite
Abraço, beijo ou aperto de mão
Usando os mesmos utensílios domésticos (copo, prato, colher, faca, garfo, toalha, etc.)
Sentando na mesma cadeira, usando o mesmo banheiro, dormindo na mesma cama
Piscina, sauna, ônibus
Pelo ar ou picada de inseto
Suor, lágrima ou saliva

Medidas de prevenção/controle
Busca de portadores assintomáticos de DST durante a realização
de atividades ligadas à discussão da sexualidade, e seu encaminhamento para o atendimento adequado;
Educação em saúde e aconselhamento pré-teste anti-HIV para todos os portadores de DST e gestantes;
Encaminhamento das gestantes ao pré-natal, para rastreamento com o teste VDRL, com vistas à eliminação da sífilis congênita;
Triagem e referência dos pacientes com DST e seus parceiros às
unidades básicas de saúde, para manejo adequado.
Aconselhamento que pode ser individual ou em grupo.
Uso de preservativos, em todas as relações sexuais que envolvam sexo oral e penetração vaginal ou anal. Além de serem de fácil utilização, encontram-se disponíveis nas unidades de saúde e apresentam baixo custo quando adquiridos em estabelecimentos comerciais;
Redução de parceiros sexuais, para diminuir as chances de transmissão
de DST;
Auto-exame dos genitais, com o auxílio de um espelho. Em caso
de detecção de alguma alteração, deve-se procurar os serviços
de saúde;
Fazer higiene após o ato sexual, objetivando diminuir o risco de
contaminação de DST/Aids;
Não compartilhar seringas e agulhas com outros usuários de
drogas injetáveis, procurando utilizar apenas materiais descartáveis.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Saúde Pública II - Diretoria de Vigilância Epidemiológica

Vigilância Epidemiológica:
“Conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos.”

Funções da Vigilância Epidemiológica:

* Coleta de dados;
* Processamento de dados coletados;
* Analise e interpretação dos dados processados;
* Recomendação das medidas de controle apropriadas;
* Promoção das ações de controle indicadas;
* Avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas;
* Divulgação de informações pertinentes.

Notificação: É a comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo, feita a autoridade sanitária por profissionais de saúde ou qualquer cidadão, para fins de adoção de medidas de intervenção pertinentes.

Investigação:
É um trabalho de campo, realizado a partir de casos notificados (clinicamente declarados ou suspeitos) e seus contatos, que tem como objetivos: identificar fonte e modo de transmissão; grupos expostos a maior risco; fatores determinantes; confirmar diagnostico e determinar as principais características epidemiológicas. O seu propósito final é orientar medidas de controle para impedir a ocorrência de novos casos.

Sistemas de Informações:
SINAN- Sistema de Informação de Agravos de Notificação
SINASC- Sistema de Informações de Nascidos Vivos
SISVAN- Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional
SISAIDS:SISCLON – Medicamentos Aids
SISCEL – Epidemiologia Aids
SISCTA/SISFAD/SISMAL/SI-API/SI-EDI – Estoques imunobiológicos
SI-EAPV – Eventos adversos
SI-CRI – Imunobiológicos Especiais
SI-AIU - Consolidado

Doenças de Notificação Compulsória Nacional (Portaria nº 1943, 18/10/01)

-Botulismo
-Carbúnculo ou “antraz”
-Cólera
-Coqueluche
-Dengue
-Difteria
-Doença de Chagas (casos agudos)
-Doença Meningocócica e Outras Meningites

Doenças de Notificação Compulsória Nacional (Portaria nº 1943, 18/10/01

-Esquistossomose (em área não endêmica)
-Febre Amarela
-Febre Maculosa
-Febre Tifóide
-Hanseníase
-Hantaviroses
-Hepatite B
-Hepatite C
-Infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) e em gestantes e crianças expostas ao risco de
transmissão vertical
Leishmaniose Tegumentar Americana
-Leishmaniose Visceral
-Leptospirose
-Malária (em área não endêmica)
-Meningite por Haemophilus influenzae
-Peste
-Poliomielite
-Paralisia Flácida Aguda
-Raiva Humana
-Rubéola
-Síndrome da Rubéola Congênita
-Sarampo
-Sífilis Congênita
-Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS)
-Tétano
-Tularemia
-Tuberculose
-Varíola

Tipos de vigilância

* Ativa: quando as agências de saúde solicitam ativamenteas notificações da doença.
* Passiva: quando as agências de saúde esperam o envio das notificações da doença pelas fontes notificadoras.
Evento sentinela: tipo especial de vigilância usada em hospitais e clínicas onde é comum o atendimento de pacientes (ou grupos populacionais)com determinados diagnósticos.
Ex: Vigilância sentinela para a infecção HIV,
sífilis congênita, etc.

PANDEMIA
Uma pandemia (do grego παν [pan = tudo/ todo(s)] + δήμος [demos = povo]) é uma epidemia de doença infecciosa que se espalha entre a população localizada em uma grande região geográfica como, por exemplo, um continente, ou mesmo o planeta.

EPIDEMIA
É a ocorrência de um número "exagerado ou inesperado" de casos de uma doença numa comunidade ou região.

ENDEMIA
É a ocorrência de um número "normal ou esperado”
de casos de uma doença numa comunidade ou região.

Ações de Vigilância epidemiológica

Notificar;
Coletar dados;
Acompanhar;
Avaliar o impacto das doenças transmissíveis;
Realizar busca ativa;
Realizar prevenção e controle dos riscos de agravo a saúde;

CLÍNICA MÉDICA - Prof. Daniele - ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

Um AVC é, antes de mais, um Acidente Vascular Cerebral, ou seja, é uma patologia associada a alterações nos vasos do cérebro.
Estas alterações são de 2 tipos: isquémicas e hemorrágicas.
As primeiras implicam uma redução no fluxo sanguíneo cerebral. Esse fluxo é importante porque permite transportar para o cérebro oxigénio e nutrientes essenciais ao funcionamento das células que o constituem. Se esse fluxo é reduzido ou interrompido, as células cerebrais deixam de receber esses elementos essenciais e acabam por morrer.

As alterações hemorrágicas correspondem a alterações da permeabilidade dos vasos sanguíneos cerebrais ou mesmo a ruptura dos mesmos. Assim, há saída de sangue desses vasos provocando a formação de um aglomerado de sangue que comprime as estruturas cerebrais, alterando o seu funcionamento.
Quando isto acontece as funções desempenhadas pelo grupo de células que morreu perdem-se e o indivíduo tem aquilo que se chamam sinais neurológicos, ou seja, manifestações da falta dessas mesmas funções.

Porque é que o AVC acontece?
Depende do tipo de AVC que estamos a falar.
No caso do AVC isquémico existem 2 causas principais: a trombose e a embolia. A trombose acontece quando uma artéria por qualquer razão vai ficando cada vez mais estreita e acaba por se ocluir (a razão mais frequente é a aterosclerose). A embolia acontece quando algo que circula na corrente sanguínea chega a uma artéria com menor calibre e a oclui (mais frequentemente trata-se de coágulos de sangue que se formam nas artérias fora do cérebro ou no coração).
No caso do AVC hemorrágico as 2 causas mais importantes são: traumatismo craniano e a existência de alteração das artérias, nomeadamente aneurismas, malformações arterio-venosas, mas mais frequentemente alterações causadas pela existência de hipertensão arterial.

Quais são os factores de risco de AVC?
 Idade (acima dos 50-60 anos)
 Sexo masculino (embora seja mais frequente nos homens, nas mulheres há mais mortalidade)
 História de AVC na família mais próxima
 Hipertensão arterial
 Diabetes
 Hiperlipidémia (“gorduras no sangue”)
 Tabagismo
 Alcoolismo (especialmente no caso do AVC hemorrágico)
 Anticonceptivos orais (“pílula”)

O que é que me pode proteger de ter um AVC?
• Exercício físico regular de intensidade moderada pelo menos 3 vezes por semana
• Consumo de pequenas quantidades de bebidas alcoólicas, especialmente o vinho tinto (só para o AVC isquémico, no caso do hemorrágico devem-se evitar completamente as bebidas alcoólicas)
• Dieta rica em peixe, cálcio e potássio
• Controlar os factores de risco acima descritos
• Seguir os conselhos do seu médico, especialmente no caso de ser hipertenso, diabético ou ter problemas de coração.

CLÍNICA MÉDICA- Prof. Daniele - DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO

Ataques Epilépticos

Conceito: Epilepsia é uma alteração na atividade elétrica do cérebro, temporária e reversível, que produz manifestações motoras, sensitivas, sensoriais, psíquicas ou neurovegetativas. Para ser considerada epilepsia, deve ser excluída a convulsão causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos, já que são classificadas diferentemente.

Os sinais elétricos incorretos do cérebro (descarga neuronal) podem ser localizados ou difusos, no primeiro caso aparecendo como uma crise parcial e no segundo caso como generalizada, atingindo ambos os hemisférios cerebrais. Estas alterações geralmente duram de poucos segundos a alguns minutos.

Qualquer pessoa pode sofrer uma crise epiléptica, devido, por exemplo, a choque elétrico, deficiência em oxigênio, traumatismo craniano, baixa do açúcar no sangue, privação de álcool, abuso da cocaína. As crianças menores podem ter convulsões quando têm febre; nestes casos, são chamadas "convulsões febris", mas não representam epilepsia.

Segundo o presidente da Sociedade de Neurologia Pediátrica Mexicana, Jesus Gómez-Placencia, em artigo publicado na revista Cérebro & Mente, 75% dos pacientes epiléticos iniciam suas crises antes dos 18 anos. E para a criança com epilepsia, sofrer o estigma chega a ser pior que a própria doença. Ele alerta para a importância de se efetuar o diagnóstico o mais cedo possível, para que se estabeleça o tratamento adequado, e para que possam ser trabalhados os aspectos psico-sociais relevantes para a reintegração do paciente a seu núcleo familiar, escolar e social.
Causas: Existem várias causas para a epilepsia, pois muitos fatores podem lesar os neurônios (células nervosas) ou o modo como estes comunicam entre si. Os mais frequentes são: traumatismos cranianos, provocando cicatrizes cerebrais; traumatismos de parto; certas drogas ou tóxicos; interrupção do fluxo sanguíneo cerebral causado por acidente vascular cerebral ou problemas cardiovasculares; doenças infecciosas ou tumores.

Podem ser encontradas lesões no cérebro através de exames de imagem, como a tomografia computadorizada, mas normalmente tais lesões não são encontradas. O eletroencefalograma (EEG) pode ajudar, mas idealmente deve ser feito durante a crise.Quando se identifica uma causa que provoque a epilepsia, esta é designada por "sintomática", quer dizer, a epilepsia é apenas o sintoma pelo qual a doença subjacente se manifestou; em 65 % dos casos não se consegue detectar nenhuma causa - é a chamada epilepsia "idiopática". Emprega-se o termo epilepsia "criptogénica" quando se suspeita da existência de uma causa mas não se consegue detectar a mesma.
Conquanto possa ser provocada por uma doença infecciosa, a epilepsia, ao invés de algumas crenças habituais, não é contagiosa, ninguém a pode contrair em contato com um epiléptico. Na maioria dos casos a epilepsia deve-se a uma lesão cerebral causada por Traumatismo provocado por acidente físico, num Tumor, numa Infecção, no Parasita cisticerco, num Parto mal feito ou numa Meningite, embora em menor freqüência pode ser Genético, significando que, em poucos casos, a epilepsia pode ser transmitida aos filhos. Outro fator que pode explicar a incidência da epilepsia entre parentes próximos é que algumas causas como a infecção e a meningite, possíveis causas das lesões cerebrais, são contagiosas, expondo parentes próximos a uma incidência maior. Do mesmo modo, a cisticercose que é causada pela ingestão de ovos provenientes da Taenia Solium (porco), adquirindo em alimentos "contaminados" costumeiramente fazem parte da alimentação de parentes próximos. A despeito da crença popular que a epilepsia é incurável, existem tratamentos medicamentosos e cirurgias capazes de controlar e até curar a epilepsia.

Cuidados: As manifestações mais evidentes são a queda, salivação abundante, eliminação de fezes e urina (às vezes) e movimentos desordenados.
• Proteja a cabeça da vítima com um travesseiro ou pano (para que ela não se machuque se debatendo) e afrouxe-lhe a roupa.
• A vítima poderá morder a própria língua, mas não irá engolí-la. Por isso, não coloque objetos em sua boca nem tente puxar a língua para fora.
• Deixe a vítima debater-se livremente. Coloque-a deitada em posição lateral para que a saliva escorra e o paciente não engasgue.
• Mantenha-a em repouso, cessada a convulsão. Deixe-a dormir.
• Nas convulsões infantis por febre alta, deite a criança envolta de uma toalha úmida.
• Procure ajuda médica se:
o A pessoa se feriu gravemente com a crise (por exemplo, bateu a cabeça em algum objeto)
o A crise dura mais do que o normal para aquela pessoa (se não se souber a duração normal da crise para a pessoa em questão, tomar como limite cinco minutos)
(Sempre procure ajuda médica, pois não sabe-se bem o motivo da convulsão, pode haver danos neurológicos)
• Importante: Não jogue água sobre a vítima, não dê tapas, não tenha receio (a saliva de uma pessoa com epilepsia não transmite a doença). Não é necessário fazer massagem no coração ou respiração boca-a-boca.

Como ajudar um Doente com Ataque

* Mantenha-se calmo e acalme quem assiste à crise.
* Desaperte a roupa à volta do pescoço.
* Permaneça junto da pessoa até que volte a respirar calmamente e comece a acordar.
* Coloque a pessoa de lado com a cabeça baixa, de modo a que a saliva possa escorrer para fora da boca.
* ponha qualquer coisa macia debaixo da cabeça, ou ampare esta com a sua mão, impedindo-a de bater no chão ou contra objetos.
* Ofereça-se para ajudar no regresso a casa ou chamar alguém da família.

O que não se deve fazer

* Não meta nada na boca da pessoa (nem colher, nem objeto de madeira, nem lenço, nem dedos). Não puxar a língua.
* Não a tente acordar, não a force a levantar-se.
* Não lhe dê de beber.

Tratamento: Os principais medicamentos utilizados são:
• Fenobarbital
• Fenitoína
• Valproato
• Carbamazepina
• Depakene


Cefaléias

A dor de cabeça é um dos sintomas mais comuns entre todas as queixas de pacientes em qualquer especialidade clínica. Pode, em alguns casos, representar uma manifestação de doença neurológica, mas, na maior parte das vezes, não tem causa determinada ou decorre de problema emocional. Os tipos mais comuns são:
Cefaléias vasculares: A mais comum é a enxaqueca clássica, causada por dilatação ou contração dos vasos sangüíneos. Em geral, a dor é precedida por uma fase caracterizada por fenômenos visuais transitórios ("enxergar estrelinhas cintilantes"). Em alguns casos, horas antes, a pessoa pode manifestar irritabilidade, depressão, sensibilidade exagerada à luz e a ruídos. A dor é pulsátil e atinge, mais freqüentemente, a região frontotemporal, mas, às vezes, localiza-se apenas em um dos lados da cabeça. A enxaqueca, na sua fase aguda, pode provocar calafrios, náusea e vômito, após o qual o paciente melhora, entrando em uma fase de fadiga e sonolência. Enxaquecas vasculares podem ser episódicas ou crônicas.
Existe um tipo de enxaqueca comum, que é mais leve e decorre sem fenômenos visuais. Causa problemas de concentração e dificuldade para dormir.

Estima-se que a prevalência da queixa de dor de cabeça,ao longo da vida seja de 93% nos homens e 99% nas mulheres e que, 76% do sexo feminino e 57% do masculino,tenham pelo menos um episódio de dor de cabeça por mês. Já se falarmos em enxaqueca (que é um tipo específico de dor de cabeça), a prevalência geral ao longo da vida é de aproximadamente 12% (18% entre as mulheres, 6% nos homens e 4% nas crianças).
Isto quer dizer o seguinte: só no Grande Rio, onde se tem uma população estimada em 10 milhões de habitantes, existem 1.200.000 sofredores de enxaqueca, sem contar outros tipos de dor de cabeça. Para se ter uma idéia, daria para lotar mais de 10 estádios de futebol do tamanho do Maracanã somente com sofredores de enxaqueca. Isto é assustador. Se transportarmos esses dados para a população brasileira, estimada em 170 milhões, teremos só de enxaquecosos vinte milhões de pessoas, sem falarmos nas outras dores de cabeça. São cifras alarmantes.
Cefaléias de tração: Causadas por má postura, problemas na coluna cervical etc.

Cefaléias por alteração dos seios da face: Resultado de rinite alérgica, resfriados e gripes.
Cefaléias emocionais: Produzidas por mecanismos emocionais: estresse diante de situações de tensão, angústia, frustração, sentimentos de culpa etc.
Cefaléia por TPM: Geralmente ocorre em mulheres acima de 35 anos, pouco antes ou durante a menstruação.

As cefaléias primárias não apresentam uma causa especifica, podendo a mesma ser de natureza multifatorial e de caráter hereditário, ao contrário das cefaléias secundárias, que apresentam uma causa patológica evidente. As dores de cabeça podem se manifestar de modo súbito, subagudo ou crônico.
As cefaléias de início agudo ou súbito geralmente constituem manifestação de uma patologia intracraniana como hemorragia subaracnóide ou de outras doenças cerebovasculares ou infecciosas (meningites / encefalites). Todavia, elas também podem ocorrer após punção lombar (procedimento médico especializado para diagnóstico de enfermidades neurológicas) ou mesmo durante manobras fisiológicas que possam aumentar a pressão intrabdominal e conseqüentemente a intracraniana, como exercícios físicos intensos e relações sexuais.
Àquelas de manifestação subaguda, podem ser resultantes de enfermidades inflamatórias do tecido conjuntivo, ou mesmo de processos tumorais intracranianos (tumores, abscessos cerebrais, metástases cerebrais), além de neuralgia do trigêmio/ glossofaríngeo e crise hipertensiva.
As cefaléias crônicas, geralmente são de natureza primária. São resultantes, na maioria das vezes, das enxaquecas, cefaléias tensionais e cefaléias em salvas.

Diagnóstico
O diagnóstico é baseado na compreensão da fisiopatologia das dores de cabeça, na obtenção de uma história clínica e realização de um exame físico e neurológico cuidadoso e completos, afim de formular um diagnóstico diferencial. Dependendo do caso, geralmente naquelas de caráter secundário, pode ser necessário exames subsidiários, como estudo radiológico funcional da coluna, tomografia e/ou ressonância magnética de crânio, eletroencefalograma, exames laboratorias com análise do líquor e sangue, afim de melhor estabelecer o diagnóstico. Todavia, o diagnóstico das cefaléias e dores faciais é eminentemente clínico.

Tratamento
O tratamento das dores de cabeça é feito com analgésicos comuns de uso diário, dosados pelo médico de acordo com a gravidade dos sintomas. Nas cefaléias emocionais, pode ser indicada a psicoterapia.
De acordo com alguns estudos as pessoas podem chegar a consumir de 14 a 30 comprimidos por semana e alguns, de 10 a 12 por dia. Cada indivíduo chegando a usar em média dois a cinco tipos de medicamentos sintomáticos: cafeína; paracetamol; antiinflamatórios; antiespasmódicos; aspirina; descongestionante nasal e anti-histamínicos; propoxifeno; butalbital; ergotamina; triptanos e narcóticos.
No entanto, tomar esses medicamentos mais de duas vezes por semana, durante três meses seguidos, já induz a cronificação da dor.

Recomendações
O paciente sujeito a dores de cabeça deve:
• Descobrir as situações que provocam dor de cabeça.
• Empregar todas as estratégias possíveis para manter seu estresse sob controle.
• Fazer exercícios físicos regulares.
• Evitar alimentos e bebidas conhecidos por desencadear cefaléia: bebidas alcoólicas, aspartame (adoçante artificial), cafeína, frutas cítricas etc.
• Não abusar de analgésicos.
• Se não se sentir capaz de praticar, sozinho, técnicas de relaxamento e de alongamento.
• Consultar um médico sempre que necessário.