sexta-feira, 19 de março de 2010

FERIDAS CLASSIFICAÇÕES E COMPLICAÇÔES -Prof-Hélia Valêska - Clinica Cirúrgica-II

Classificação das Feridas Operatórias
Limpas
Limpas / Contaminadas
Contaminadas
Sujas / Infectadas

Feridas Operatórias
Se dividem em:
INCISIVAS - Quando não há perda de tecido.
EXCISIVAS - Quando ocorre a remoção de uma área da pele.

TIPOS DE FERIDAS
Feridas complicadas

Feridas Simples



FISIOLOGIA DA CICATRIZAÇÃO FASE INFLAMATÓRIA
Fase trombocítica
Fase glanulocítica-Debridamento da ferida
Defesa contra infecção, esse processo de limpeza leva a formação de pus

Fase macrofásica - Hemostasia, vasodilatação dos vasos íntegros,atração de céls. de defesa (trombócitos, eritrócitos, neutrófilos e macrófagos), limpeza e proteção, ativação do processo cicatricial

Sinais clínicos: Hiperemia, calor, edema e dor

TIPOS DE CICATRIZAÇÃO

Mínimo de perda tecidual
Resposta inflamatória rápida
Reduz incidência de complicações
Bordas regulares unidos por suturas
Cicatriz com menor índice de defeitos

Pele íntegra,Hiperemia, Descoloração ou Endurecimento

CICATRIZAÇÃO SECUNDÁRIA
É consequência de complicações
Grande perda tecidual
Período cicatricial mais prolongado devido a resposta inflamatória intensa
Maior incidência de defeitos cicatriciais(cicatriz hipertrófica, quelóide

Ferida (ulceração) superficial, Bolha

FATORES ADVERSOS À CICATRIZAÇÃO
Subdividem-se em Fatores Sistêmicos e Fatores Locais
FATORES SISTÊMICOS
Má nutrição
Doenças crônicas
Insuficiência do sistema imunológico
Má perfusão tecidual
Idade avançada
Terapia medicamentosa

Ferida Profunda Superficial Comprometimento até a fáscia muscular

FATORES ADVERSOS À CICATRIZAÇÃO
FATORES LOCAIS
Infecção
Isquemia
Necrose
Corpos estranhos / crosta
Agentes irritantes
Lesão muito extensa

AVALIANDO A FERIDA
CARACTERÍSTICAS DO TECIDO DE GRANULAÇÃO
TECIDO DE GRANULAÇÃO SADIO :
Brilhante
Não sangra facilmente ou muito pouco
Vermelho vivo

TECIDO DE GRANULAÇÃO DOENTE :
Vermelho escuro
Sem brilho ou ressecado
Sangra com abundância

DIFICULDADES NA IDENTIFICAÇÃO DE FERIDAS INFECTADAS
Os sintomas de inflamação da fase inicial podem ser confundidos com sintomas de infecção
Doentes imunossupressos podem não apresentar sintomas clássicos de inflamação ou sequer de infecção
Uma ferida que não cicatriza pode ser o único sintoma da presença de infecção
Algumas infecções são “silenciosas”, com sintomatologia atípica
Má interpretação ou desprezo de resultados microbiológicos
Desvalorizar ou super-valorizar presença ou ausência de alguns sinais como exsudato purulento

AVALIAÇÃO DO ESTADO DA FERIDA
Mensuração
Extensão do tecido envolvido
Presença de espaço morto
Localização anatômica
Tipo de tecido no leito da ferida
Cor da ferida
Exsudato
Borda da ferida
Infecção

COR DO TECIDO
Granulação: Rosa, vermelho pálido, vermelho vivo
Fibrina: Amarelo, marrom
Necrose:Cinza, marrom, negra

EXSUDATO
Volume
Odor
Cor
Consistência

Pode ser: seroso, serosanguinolento, sanguinolento e purulento

BORDAS
Epitelização
Necrose
Isquemia
Macerada
Irregular
Infecção
Contaminação

CURATIVO IDEAL-Mantém Alta Umidade
Nada de curativos secos em feridas abertas. Não há necessidade de secar feridas abertas, somente a pele ao redor dela.

Remove o Excesso de Exsudação
O curativo deve ter um pouco de absorvência. Pode ser necessário fornecer um segundo chumaço.

Tipos de Curativo
A - HIDROGEL
Composição: Carboximetilcelulose + Propilenoglicol + água (70 à 90%)
Ação: Debridamento autolítico / remover crostas e tecidos desvitalizados em feridas abertas
Forma de apresentação: Amorfo e placa
B - HIDROCOLÓIDE
Composição: Carboximetilcelulose + gelatina + pectina
Forma de apresentação: Amorfo e placa
Ação: É hidrofílico, absorve o exsudato da ferida, formando um gel viscoso e coloidal que irá manter a umidade na interface da ferida
C - PAPAÍNA
Composição: Enzima proteolítica. São encontradas nas folhas, caules e frutos da planta Carica Papaya
Forma de apresentação: Pó, gel e pasta
Atuação: Desbridante (enzimático) não traumática / anti-inflamatória / bactericida / estimula a força tênsil das cicatrizes; pH ótimo de 3-12; atua apenas em tecidos lesados.
Observações: Diluições: 10% para necrose; 4 à 6% para exsudato purulento e 2% para uso em tecido de granulação; cuidados no armazenamento (fotossensível) e substâncias oxidantes (ferro/iodo/oxigênio); manter em geladeira

1 - PRODUTOS DERIVADOS DO IODO
Composição: Polivinil-pirrolidona-iodo (PVPI)
Ação: Penetra na parede celular alterando a síntese do ácido nucleico, através da oxidação
Indicação: Antissepsia de pele e mucosas peri-cateteres
Contra-indicação: Feridas abertas de qualquer etiologia
Observações: É neutralizado na presença de matéria orgânica / Em lesões abertas altera o processo de cicatrização (citotóxico para fibroblasto, macrófago e neutrófilo) e reduz a força tensil do tecido

3 - PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO (ÁGUA OXIGENADA)
Composição: Peróxido de hidrogênio à 3%
Ação: Bactericida limitado
Indicação: Não existe para ferida
Contra-indicação: Inapropriado para uso como antisséptico
Observações: Citotóxico / Colapso da ferida por formação de bolhas de ar

Tratamento das Ferida Infectadas
Conforme a intensidade do trauma, a ferida pode ser considerada superficial, afetando apenas as estruturas de superfície, ou grave, envolvendo vasos sangüíneos mais calibrosos, músculos, nervos, fáscias, tendões, ligamentos ou ossos. Independentemente da etiologia da ferida, a cicatrização segue um curso previsível e contínuo, sendo dividida didaticamente em três fases (fase inflamatória, fase proliferativa e fase de maturação).

Curativo
Os objetivos do curativo são a proteção da ferida, prevenção de infecção em caso de fechamento por segunda intenção ou uso de dreno e facilitação do processo de cicatrização.

FERIDAS INFECTADAS:
O processo de cicatrização só será iniciado quando o agente agressor for eliminado e o exsudato e os tecidos desvitalizados retirados. Fundamental nesta situação é a limpeza meticulosa. O excesso de exsudato deve ser removido, juntamente com exotoxinas e debris, pois a presença desses componentes pode retardar o crescimento celular e prolongar a fase inflamatória, o que prejudica a formação do tecido de granulação.

CARACTERÍSTICAS DE UM CURATIVO IDEAL:
Manter a umidade no leito da ferida;
Manter a temperatura em torno de 37o C no leito da ferida;
Absorver o excesso de exsudato, mantendo uma umidade ideal;
Prevenir a infecção, devendo ser impermeável a bactérias;
Permitir sua remoção sem causar traumas no tecido neoformado;
Não deixar resíduos no leito da ferida;
Limitar a movimentação dos tecidos em torno da ferida;
Proteger contra traumas mecânicos.

COLETA DE CULTURA:
Feridas, abscessos e exsudatos: limpar a ferida com SF0,9%, coletar o material purulento na parte mais profunda da ferida, aspirando com seringa ou agulha. A escarificação das bordas é o material adequado para cultura. Swabs são menos recomendados;
Lesões abertas úmidas e úlceras: limpar ao redor da ferida com gaze embebida em álcool a 70%, remover crostas com SF0,9%, passar o swab na base e bordas, colocá-lo em meio de cultura e enviar imediatamente ao laboratório. Não coletar pus emergente;
Espécime cirúrgico (biópsias e secreções): técnica de coleta asséptica, deverá ser coletada pelo médico. Enviar o fragmento imediatamente ao laboratório;
Fragmento de tecido: colher o material assepticamente, colocando em frasco estéril ou contendo SF0,9% estéril.

quarta-feira, 17 de março de 2010

PROGRAMAS DE ATENÇÃO BÁSICA - Saúde Pública II - ASSUNTO PARA PROVA

OS PROGRAMAS DE ATENÇÃO BÁSICA AMPLIADA
Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS), em 1991
Programa Saúde da Família (PSF), em 1994 - que ampliou as atividades do PACS e incorporou os agentes comunitários de saúde e outros profissionais da área (tais como o enfermeiro, o médico e o auxiliar de enfermagem) às suas atividades.

Embora seja denominado programa, o PSF é, antes de tudo, uma estratégia cujo principal objetivo é reorientar as práticas de atenção à saúde através da mudança do foco de atuação - do indivíduo para a família e para o ambiente onde ela vive.

A função da Equipe de Saúde da Família (ESF) é prestar assistência contínua à comunidade, acompanhando integralmente a saúde da criança, do adulto, da mulher, dos idosos, enfim, de todas as pessoas que vivem no território sob sua responsabilidade

As principais mudanças esperadas com a implantação da estratégia de Saúde da Família presentes no modelo de assistência do PSF são:
mudança de enfoque – ao invés de dar atenção à doença, a preocupação estará centrada na atenção à saúde;
atenção a todos os aspectos da saúde do indivíduo e de sua família - tanto os que merecem ações preventivas (tabagistas) como os que necessitam de ações de promoção da saúde (gestantes) ou curativas (pacientes em pós-operatório), através de contato à unidade básica de saúde da família e encaminhamento às unidades de referência, quando necessário;

responsabilidade pela prestação de assistência por área territorial e população adstrita – tal enfoque permite um planejamento mais adequado das atividades;
formação de equipe interdisciplinar adequada ao número de clientes assistidos, com a incorporação do agente comunitário de saúde.

EQUIPE DO PSF
Constituídas por no mínimo:
um médico
um enfermeiro,
um auxiliar de enfermagem
quatro a seis agentes comunitários de saúde, sendo formadas por meio de processo de seleção variável em cada município.

EQUIPE DE SAÚDE BUCAL
um dentista;
um THD (Técnico de Higiene Dental)
um ACD (Atendente de Consultório Dentário).

ÁREAS E MICROÁREAS
Cada macroárea ou área são divididas em microáreas de acordo com os números de ACS.
Ex: Micro 1Fernanda ACS, Micro 2 Joana...

OBS.: Cada Equipe de Saúde da Família é responsável por um número determinado de famílias. Recomenda-se que cada ESF acompanhe entre 600 e 1000 famílias, não ultrapassando o limite máximo de 4500 pessoas.

Sistema de Informações sobre Ações Básicas (SIAB)
Utilizado para avaliar os resultados obtidos com o desenvolvimento de atividades das equipes do PSF e estudar as características das pessoas, dos domicílios e das condições de saneamento em que vivem as famílias sob responsabilidade das equipes
A avaliação das atividades do programa considera, ainda, os indicadores de saúde produzidos, o alcance das metas programadas, a satisfação da equipe de saúde da família e dos usuários e alterações efetivas no modelo assistencial.

SIAB
Os instrumentos de coleta de dados organizados pelo SIAB são:
A ficha de cadastramento das famílias – FICHA A
As fichas de acompanhamento de gestantes, hipertensos, diabéticos, pacientes com tuberculose e hanseníase – FICHA B
A ficha de acompanhamento de crianças – FICHA C
O registro quantitativo das atividades, procedimentos e notificações realizadas pelas equipes – FICHA D
Os relatórios produzidos através do SIAB permitem:
Conhecer a realidade sócio-sanitária da população acompanhada
Avaliar a adequação dos serviços de saúde oferecidos e readequá-los sempre que necessário
Melhorar a qualidade dos serviços de saúde

CADASTRAMENTO DA CLIENTELA – ficha A
dados demográficos – nome, data de nascimento, idade e sexo. - dados socioeconômicos - escolaridade, ocupação, meios de transporte utilizados;
- dados socioculturais - religião, meios de comunicação utilizados, participação em grupos comunitários;
- dados sobre o meio ambiente - sistema de coleta de lixo, fonte de água para consumo, tipo de casa, tratamento de água no domicílio, destino de dejetos;
- dados de morbidade - presença de indivíduos portadores de doenças ou condições especiais, serviços utilizados em caso de doença, aquisição de plano de saúde.



DIAGNÓSTICO SITUACIONAL
Permite conhecer os problemas que serão prioridades.
Deve ser construído por toda a equipe, em conjunto com as famílias, permitindo a detecção de fatores de risco que determinarão a prioridade de intervenção das equipes, através da elaboração de um plano local para seu enfrentamento.
A equipe elabora seu processo de trabalho

PROGRAMAS DO ESF
PACS
Saúde da Mulher (Planejamento Familiar, SIS-Pré-Natal, SISCOLO,DST/AIDS)
Saúde Bucal
Saúde da Criança
Controle do DIA E HAS (HIPERDIA)
Programa Nacional de Imunizações(PNI)
Controle da Tuberculose-TB
Eliminação da Hanseníase-HANS
Assistência Farmacêutica
Alimentação e Nutrição (SISVAN)

ATIVIDADES EXECUTADAS PELA ESF
SAÚDE DA CRIANÇA
Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento.
Promoção do aleitamento materno.
Combate às carências nutricionais.
Imunização e participação em Campanhas
Assistência às doenças prevalentes na infância, diarréias em crianças menores de 5 anos, IRA ( Infecções Respiratórias Agudas)em menores de 5 anos.
Atividades Educativas de promoção da saúde e prevenção das doenças.
Busca ativa nos pacientes faltosos e com doenças crônicas e transmissíveis

SAUDE DA MULHER
Acompanhamento de pré-natal de baixo risco;
Vacinação anti-tetânica;
Avaliação do puerpério;
Atividades Educativas para promoção da saúde
Busca de faltosos;
Coleta de material para exame de citopatologia;
Consulta médica e de enfermagem;
Busca ativa nos pacientes faltosos e com doenças crônicas e transmissíveis.

SAÚDE DO ADULTO/IDOSO
Assistência ao controle da HA/DIA;
Acompanhar pacientes com doenças crônicas degenerativas, seqüelas de AVC e transtornos mentais dentre outras;
Participar de campanhas de vacinação
Busca ativa nos pacientes faltosos e com doenças crônicas e transmissíveis

ATRIBUIÇÕES DO TÉC. DE ENFERMAGEM
Participar do planejamento e organização das atividades a serem desenvolvidas e discutir a forma como a equipe desenvolverá o trabalho;
Identificar junto com os ACS as famílias que estão expostos a riscos à saúde;
Realizar visitas domiciliares, junto com o ACS;
Acompanhar a consulta de enfermagem dos indivíduos, auxiliando o enfermeiro na identificação dos problemas, visando garantir o melhor monitoramento das condições do cliente;
Executar procedimentos de vigilância sanitária e epidemiológica nas áreas de atenção à saúde dos indivíduos, de acordo com as prioridades estabelecidas em conjunto pela equipe do PSF e comunidade

DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS E AIDS - Saúde Pública II

FATORES DE RISCO
Prostíbulo ;
Usuários de drogas ilícitas e licitas;
Adolescentes;
Infidelidade/Aumento n° de parceiros ;
Abuso sexual;
Baixa escolaridade e condições sócio econômica
Meio social

O que significa DST?
Doenças Sexualmente Transmissíveis

DSTs podem causar:
Corrimentos
Feridas
Verrugas

Que causam corrimentos


Candidíase / Agente etiológico - Candida albicans,

Corrimento de cor branca, tipo leite coalhado, inodoro
Coceira intensa
Ardência durante o ato sexual
Irritação dos órgãos

Tricomoníase/ Agente etiologico- Trichomonas vaginalis


Corrimento amarelado ou esverdeado, espumoso com odor fétido
Prurido;
Dispareunia
Ou assintomáticos

Gonorréia /Agente etiológico - Neisseria gonorrhoeae,




Homem, inflamação do meato uretral, com corrimento purulento no canal uretral com odor fétido, disúria e ardência na micção.
Mulheres infectadas 70% são assintomáticas, podendo ter corrimento vaginal purulento, dispareunia e disúria.

Que causam feridas



Linfogranuloma venéreo/ Agente etiológico - Chlamydia tracomatis,


Donovanose
Agente etiológico - Calymmatobacterium granulomatis



Febre, ardência , prurido, eritema, vesículas/pústulas e ulceras/ dolorosa
Algumas pessoas podem estar infectadas mas assintomáticas.

Sífilis (Primária - Cancro duro)
Agente etiológico - Treponema pallidum


Ferida nos órgãos genitais, com fundo brilhante e borda regular, indolor, acompanhada de íngua na virilha.
Os sintomas surgem de 1 a 4 semanas após o contágio.
Pessoas infectadas podem não apresentar sintomas.

Sífilis (Secundária)

Os sintomas surgem até 6 meses após o contágio.
Exantema no corpo (roseola), principalmente nas palmas das mãos e plantas dos pés.
Não coçam, mas podem surgir ínguas

Sífilis (Terciária ou Tardia)


Ocorre vários anos após o contágio.
Podem ser afetados: pele, coração, ossos e cérebro, podendo levar à morte.

Sífilis (Congênita)

Transmitida vertical durante a gravidez, podendo levar a óbito (aborto ou parto prematuro) ou nascer com mal formação.



AIDS
Síndrome da Imuno Deficiência Adiquirida
Formas de Transmissão
Sexo (vaginal, oral ou anal) sem a proteção da camisinha
Da mãe infectada para o bebê, durante a gestação, no parto ou na amamentação
Seringas compartilhadas
Objetos perfuro-cortantes
Transfusão com sangue infectado

Não Transmite
Abraço, beijo ou aperto de mão
Usando os mesmos utensílios domésticos (copo, prato, colher, faca, garfo, toalha, etc.)
Sentando na mesma cadeira, usando o mesmo banheiro, dormindo na mesma cama
Piscina, sauna, ônibus
Pelo ar ou picada de inseto
Suor, lágrima ou saliva

Medidas de prevenção/controle
Busca de portadores assintomáticos de DST durante a realização
de atividades ligadas à discussão da sexualidade, e seu encaminhamento para o atendimento adequado;
Educação em saúde e aconselhamento pré-teste anti-HIV para todos os portadores de DST e gestantes;
Encaminhamento das gestantes ao pré-natal, para rastreamento com o teste VDRL, com vistas à eliminação da sífilis congênita;
Triagem e referência dos pacientes com DST e seus parceiros às
unidades básicas de saúde, para manejo adequado.
Aconselhamento que pode ser individual ou em grupo.
Uso de preservativos, em todas as relações sexuais que envolvam sexo oral e penetração vaginal ou anal. Além de serem de fácil utilização, encontram-se disponíveis nas unidades de saúde e apresentam baixo custo quando adquiridos em estabelecimentos comerciais;
Redução de parceiros sexuais, para diminuir as chances de transmissão
de DST;
Auto-exame dos genitais, com o auxílio de um espelho. Em caso
de detecção de alguma alteração, deve-se procurar os serviços
de saúde;
Fazer higiene após o ato sexual, objetivando diminuir o risco de
contaminação de DST/Aids;
Não compartilhar seringas e agulhas com outros usuários de
drogas injetáveis, procurando utilizar apenas materiais descartáveis.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Saúde Pública II - Diretoria de Vigilância Epidemiológica

Vigilância Epidemiológica:
“Conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos.”

Funções da Vigilância Epidemiológica:

* Coleta de dados;
* Processamento de dados coletados;
* Analise e interpretação dos dados processados;
* Recomendação das medidas de controle apropriadas;
* Promoção das ações de controle indicadas;
* Avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas;
* Divulgação de informações pertinentes.

Notificação: É a comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo, feita a autoridade sanitária por profissionais de saúde ou qualquer cidadão, para fins de adoção de medidas de intervenção pertinentes.

Investigação:
É um trabalho de campo, realizado a partir de casos notificados (clinicamente declarados ou suspeitos) e seus contatos, que tem como objetivos: identificar fonte e modo de transmissão; grupos expostos a maior risco; fatores determinantes; confirmar diagnostico e determinar as principais características epidemiológicas. O seu propósito final é orientar medidas de controle para impedir a ocorrência de novos casos.

Sistemas de Informações:
SINAN- Sistema de Informação de Agravos de Notificação
SINASC- Sistema de Informações de Nascidos Vivos
SISVAN- Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional
SISAIDS:SISCLON – Medicamentos Aids
SISCEL – Epidemiologia Aids
SISCTA/SISFAD/SISMAL/SI-API/SI-EDI – Estoques imunobiológicos
SI-EAPV – Eventos adversos
SI-CRI – Imunobiológicos Especiais
SI-AIU - Consolidado

Doenças de Notificação Compulsória Nacional (Portaria nº 1943, 18/10/01)

-Botulismo
-Carbúnculo ou “antraz”
-Cólera
-Coqueluche
-Dengue
-Difteria
-Doença de Chagas (casos agudos)
-Doença Meningocócica e Outras Meningites

Doenças de Notificação Compulsória Nacional (Portaria nº 1943, 18/10/01

-Esquistossomose (em área não endêmica)
-Febre Amarela
-Febre Maculosa
-Febre Tifóide
-Hanseníase
-Hantaviroses
-Hepatite B
-Hepatite C
-Infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) e em gestantes e crianças expostas ao risco de
transmissão vertical
Leishmaniose Tegumentar Americana
-Leishmaniose Visceral
-Leptospirose
-Malária (em área não endêmica)
-Meningite por Haemophilus influenzae
-Peste
-Poliomielite
-Paralisia Flácida Aguda
-Raiva Humana
-Rubéola
-Síndrome da Rubéola Congênita
-Sarampo
-Sífilis Congênita
-Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS)
-Tétano
-Tularemia
-Tuberculose
-Varíola

Tipos de vigilância

* Ativa: quando as agências de saúde solicitam ativamenteas notificações da doença.
* Passiva: quando as agências de saúde esperam o envio das notificações da doença pelas fontes notificadoras.
Evento sentinela: tipo especial de vigilância usada em hospitais e clínicas onde é comum o atendimento de pacientes (ou grupos populacionais)com determinados diagnósticos.
Ex: Vigilância sentinela para a infecção HIV,
sífilis congênita, etc.

PANDEMIA
Uma pandemia (do grego παν [pan = tudo/ todo(s)] + δήμος [demos = povo]) é uma epidemia de doença infecciosa que se espalha entre a população localizada em uma grande região geográfica como, por exemplo, um continente, ou mesmo o planeta.

EPIDEMIA
É a ocorrência de um número "exagerado ou inesperado" de casos de uma doença numa comunidade ou região.

ENDEMIA
É a ocorrência de um número "normal ou esperado”
de casos de uma doença numa comunidade ou região.

Ações de Vigilância epidemiológica

Notificar;
Coletar dados;
Acompanhar;
Avaliar o impacto das doenças transmissíveis;
Realizar busca ativa;
Realizar prevenção e controle dos riscos de agravo a saúde;

CLÍNICA MÉDICA - Prof. Daniele - ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

Um AVC é, antes de mais, um Acidente Vascular Cerebral, ou seja, é uma patologia associada a alterações nos vasos do cérebro.
Estas alterações são de 2 tipos: isquémicas e hemorrágicas.
As primeiras implicam uma redução no fluxo sanguíneo cerebral. Esse fluxo é importante porque permite transportar para o cérebro oxigénio e nutrientes essenciais ao funcionamento das células que o constituem. Se esse fluxo é reduzido ou interrompido, as células cerebrais deixam de receber esses elementos essenciais e acabam por morrer.

As alterações hemorrágicas correspondem a alterações da permeabilidade dos vasos sanguíneos cerebrais ou mesmo a ruptura dos mesmos. Assim, há saída de sangue desses vasos provocando a formação de um aglomerado de sangue que comprime as estruturas cerebrais, alterando o seu funcionamento.
Quando isto acontece as funções desempenhadas pelo grupo de células que morreu perdem-se e o indivíduo tem aquilo que se chamam sinais neurológicos, ou seja, manifestações da falta dessas mesmas funções.

Porque é que o AVC acontece?
Depende do tipo de AVC que estamos a falar.
No caso do AVC isquémico existem 2 causas principais: a trombose e a embolia. A trombose acontece quando uma artéria por qualquer razão vai ficando cada vez mais estreita e acaba por se ocluir (a razão mais frequente é a aterosclerose). A embolia acontece quando algo que circula na corrente sanguínea chega a uma artéria com menor calibre e a oclui (mais frequentemente trata-se de coágulos de sangue que se formam nas artérias fora do cérebro ou no coração).
No caso do AVC hemorrágico as 2 causas mais importantes são: traumatismo craniano e a existência de alteração das artérias, nomeadamente aneurismas, malformações arterio-venosas, mas mais frequentemente alterações causadas pela existência de hipertensão arterial.

Quais são os factores de risco de AVC?
 Idade (acima dos 50-60 anos)
 Sexo masculino (embora seja mais frequente nos homens, nas mulheres há mais mortalidade)
 História de AVC na família mais próxima
 Hipertensão arterial
 Diabetes
 Hiperlipidémia (“gorduras no sangue”)
 Tabagismo
 Alcoolismo (especialmente no caso do AVC hemorrágico)
 Anticonceptivos orais (“pílula”)

O que é que me pode proteger de ter um AVC?
• Exercício físico regular de intensidade moderada pelo menos 3 vezes por semana
• Consumo de pequenas quantidades de bebidas alcoólicas, especialmente o vinho tinto (só para o AVC isquémico, no caso do hemorrágico devem-se evitar completamente as bebidas alcoólicas)
• Dieta rica em peixe, cálcio e potássio
• Controlar os factores de risco acima descritos
• Seguir os conselhos do seu médico, especialmente no caso de ser hipertenso, diabético ou ter problemas de coração.

CLÍNICA MÉDICA- Prof. Daniele - DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO

Ataques Epilépticos

Conceito: Epilepsia é uma alteração na atividade elétrica do cérebro, temporária e reversível, que produz manifestações motoras, sensitivas, sensoriais, psíquicas ou neurovegetativas. Para ser considerada epilepsia, deve ser excluída a convulsão causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos, já que são classificadas diferentemente.

Os sinais elétricos incorretos do cérebro (descarga neuronal) podem ser localizados ou difusos, no primeiro caso aparecendo como uma crise parcial e no segundo caso como generalizada, atingindo ambos os hemisférios cerebrais. Estas alterações geralmente duram de poucos segundos a alguns minutos.

Qualquer pessoa pode sofrer uma crise epiléptica, devido, por exemplo, a choque elétrico, deficiência em oxigênio, traumatismo craniano, baixa do açúcar no sangue, privação de álcool, abuso da cocaína. As crianças menores podem ter convulsões quando têm febre; nestes casos, são chamadas "convulsões febris", mas não representam epilepsia.

Segundo o presidente da Sociedade de Neurologia Pediátrica Mexicana, Jesus Gómez-Placencia, em artigo publicado na revista Cérebro & Mente, 75% dos pacientes epiléticos iniciam suas crises antes dos 18 anos. E para a criança com epilepsia, sofrer o estigma chega a ser pior que a própria doença. Ele alerta para a importância de se efetuar o diagnóstico o mais cedo possível, para que se estabeleça o tratamento adequado, e para que possam ser trabalhados os aspectos psico-sociais relevantes para a reintegração do paciente a seu núcleo familiar, escolar e social.
Causas: Existem várias causas para a epilepsia, pois muitos fatores podem lesar os neurônios (células nervosas) ou o modo como estes comunicam entre si. Os mais frequentes são: traumatismos cranianos, provocando cicatrizes cerebrais; traumatismos de parto; certas drogas ou tóxicos; interrupção do fluxo sanguíneo cerebral causado por acidente vascular cerebral ou problemas cardiovasculares; doenças infecciosas ou tumores.

Podem ser encontradas lesões no cérebro através de exames de imagem, como a tomografia computadorizada, mas normalmente tais lesões não são encontradas. O eletroencefalograma (EEG) pode ajudar, mas idealmente deve ser feito durante a crise.Quando se identifica uma causa que provoque a epilepsia, esta é designada por "sintomática", quer dizer, a epilepsia é apenas o sintoma pelo qual a doença subjacente se manifestou; em 65 % dos casos não se consegue detectar nenhuma causa - é a chamada epilepsia "idiopática". Emprega-se o termo epilepsia "criptogénica" quando se suspeita da existência de uma causa mas não se consegue detectar a mesma.
Conquanto possa ser provocada por uma doença infecciosa, a epilepsia, ao invés de algumas crenças habituais, não é contagiosa, ninguém a pode contrair em contato com um epiléptico. Na maioria dos casos a epilepsia deve-se a uma lesão cerebral causada por Traumatismo provocado por acidente físico, num Tumor, numa Infecção, no Parasita cisticerco, num Parto mal feito ou numa Meningite, embora em menor freqüência pode ser Genético, significando que, em poucos casos, a epilepsia pode ser transmitida aos filhos. Outro fator que pode explicar a incidência da epilepsia entre parentes próximos é que algumas causas como a infecção e a meningite, possíveis causas das lesões cerebrais, são contagiosas, expondo parentes próximos a uma incidência maior. Do mesmo modo, a cisticercose que é causada pela ingestão de ovos provenientes da Taenia Solium (porco), adquirindo em alimentos "contaminados" costumeiramente fazem parte da alimentação de parentes próximos. A despeito da crença popular que a epilepsia é incurável, existem tratamentos medicamentosos e cirurgias capazes de controlar e até curar a epilepsia.

Cuidados: As manifestações mais evidentes são a queda, salivação abundante, eliminação de fezes e urina (às vezes) e movimentos desordenados.
• Proteja a cabeça da vítima com um travesseiro ou pano (para que ela não se machuque se debatendo) e afrouxe-lhe a roupa.
• A vítima poderá morder a própria língua, mas não irá engolí-la. Por isso, não coloque objetos em sua boca nem tente puxar a língua para fora.
• Deixe a vítima debater-se livremente. Coloque-a deitada em posição lateral para que a saliva escorra e o paciente não engasgue.
• Mantenha-a em repouso, cessada a convulsão. Deixe-a dormir.
• Nas convulsões infantis por febre alta, deite a criança envolta de uma toalha úmida.
• Procure ajuda médica se:
o A pessoa se feriu gravemente com a crise (por exemplo, bateu a cabeça em algum objeto)
o A crise dura mais do que o normal para aquela pessoa (se não se souber a duração normal da crise para a pessoa em questão, tomar como limite cinco minutos)
(Sempre procure ajuda médica, pois não sabe-se bem o motivo da convulsão, pode haver danos neurológicos)
• Importante: Não jogue água sobre a vítima, não dê tapas, não tenha receio (a saliva de uma pessoa com epilepsia não transmite a doença). Não é necessário fazer massagem no coração ou respiração boca-a-boca.

Como ajudar um Doente com Ataque

* Mantenha-se calmo e acalme quem assiste à crise.
* Desaperte a roupa à volta do pescoço.
* Permaneça junto da pessoa até que volte a respirar calmamente e comece a acordar.
* Coloque a pessoa de lado com a cabeça baixa, de modo a que a saliva possa escorrer para fora da boca.
* ponha qualquer coisa macia debaixo da cabeça, ou ampare esta com a sua mão, impedindo-a de bater no chão ou contra objetos.
* Ofereça-se para ajudar no regresso a casa ou chamar alguém da família.

O que não se deve fazer

* Não meta nada na boca da pessoa (nem colher, nem objeto de madeira, nem lenço, nem dedos). Não puxar a língua.
* Não a tente acordar, não a force a levantar-se.
* Não lhe dê de beber.

Tratamento: Os principais medicamentos utilizados são:
• Fenobarbital
• Fenitoína
• Valproato
• Carbamazepina
• Depakene


Cefaléias

A dor de cabeça é um dos sintomas mais comuns entre todas as queixas de pacientes em qualquer especialidade clínica. Pode, em alguns casos, representar uma manifestação de doença neurológica, mas, na maior parte das vezes, não tem causa determinada ou decorre de problema emocional. Os tipos mais comuns são:
Cefaléias vasculares: A mais comum é a enxaqueca clássica, causada por dilatação ou contração dos vasos sangüíneos. Em geral, a dor é precedida por uma fase caracterizada por fenômenos visuais transitórios ("enxergar estrelinhas cintilantes"). Em alguns casos, horas antes, a pessoa pode manifestar irritabilidade, depressão, sensibilidade exagerada à luz e a ruídos. A dor é pulsátil e atinge, mais freqüentemente, a região frontotemporal, mas, às vezes, localiza-se apenas em um dos lados da cabeça. A enxaqueca, na sua fase aguda, pode provocar calafrios, náusea e vômito, após o qual o paciente melhora, entrando em uma fase de fadiga e sonolência. Enxaquecas vasculares podem ser episódicas ou crônicas.
Existe um tipo de enxaqueca comum, que é mais leve e decorre sem fenômenos visuais. Causa problemas de concentração e dificuldade para dormir.

Estima-se que a prevalência da queixa de dor de cabeça,ao longo da vida seja de 93% nos homens e 99% nas mulheres e que, 76% do sexo feminino e 57% do masculino,tenham pelo menos um episódio de dor de cabeça por mês. Já se falarmos em enxaqueca (que é um tipo específico de dor de cabeça), a prevalência geral ao longo da vida é de aproximadamente 12% (18% entre as mulheres, 6% nos homens e 4% nas crianças).
Isto quer dizer o seguinte: só no Grande Rio, onde se tem uma população estimada em 10 milhões de habitantes, existem 1.200.000 sofredores de enxaqueca, sem contar outros tipos de dor de cabeça. Para se ter uma idéia, daria para lotar mais de 10 estádios de futebol do tamanho do Maracanã somente com sofredores de enxaqueca. Isto é assustador. Se transportarmos esses dados para a população brasileira, estimada em 170 milhões, teremos só de enxaquecosos vinte milhões de pessoas, sem falarmos nas outras dores de cabeça. São cifras alarmantes.
Cefaléias de tração: Causadas por má postura, problemas na coluna cervical etc.

Cefaléias por alteração dos seios da face: Resultado de rinite alérgica, resfriados e gripes.
Cefaléias emocionais: Produzidas por mecanismos emocionais: estresse diante de situações de tensão, angústia, frustração, sentimentos de culpa etc.
Cefaléia por TPM: Geralmente ocorre em mulheres acima de 35 anos, pouco antes ou durante a menstruação.

As cefaléias primárias não apresentam uma causa especifica, podendo a mesma ser de natureza multifatorial e de caráter hereditário, ao contrário das cefaléias secundárias, que apresentam uma causa patológica evidente. As dores de cabeça podem se manifestar de modo súbito, subagudo ou crônico.
As cefaléias de início agudo ou súbito geralmente constituem manifestação de uma patologia intracraniana como hemorragia subaracnóide ou de outras doenças cerebovasculares ou infecciosas (meningites / encefalites). Todavia, elas também podem ocorrer após punção lombar (procedimento médico especializado para diagnóstico de enfermidades neurológicas) ou mesmo durante manobras fisiológicas que possam aumentar a pressão intrabdominal e conseqüentemente a intracraniana, como exercícios físicos intensos e relações sexuais.
Àquelas de manifestação subaguda, podem ser resultantes de enfermidades inflamatórias do tecido conjuntivo, ou mesmo de processos tumorais intracranianos (tumores, abscessos cerebrais, metástases cerebrais), além de neuralgia do trigêmio/ glossofaríngeo e crise hipertensiva.
As cefaléias crônicas, geralmente são de natureza primária. São resultantes, na maioria das vezes, das enxaquecas, cefaléias tensionais e cefaléias em salvas.

Diagnóstico
O diagnóstico é baseado na compreensão da fisiopatologia das dores de cabeça, na obtenção de uma história clínica e realização de um exame físico e neurológico cuidadoso e completos, afim de formular um diagnóstico diferencial. Dependendo do caso, geralmente naquelas de caráter secundário, pode ser necessário exames subsidiários, como estudo radiológico funcional da coluna, tomografia e/ou ressonância magnética de crânio, eletroencefalograma, exames laboratorias com análise do líquor e sangue, afim de melhor estabelecer o diagnóstico. Todavia, o diagnóstico das cefaléias e dores faciais é eminentemente clínico.

Tratamento
O tratamento das dores de cabeça é feito com analgésicos comuns de uso diário, dosados pelo médico de acordo com a gravidade dos sintomas. Nas cefaléias emocionais, pode ser indicada a psicoterapia.
De acordo com alguns estudos as pessoas podem chegar a consumir de 14 a 30 comprimidos por semana e alguns, de 10 a 12 por dia. Cada indivíduo chegando a usar em média dois a cinco tipos de medicamentos sintomáticos: cafeína; paracetamol; antiinflamatórios; antiespasmódicos; aspirina; descongestionante nasal e anti-histamínicos; propoxifeno; butalbital; ergotamina; triptanos e narcóticos.
No entanto, tomar esses medicamentos mais de duas vezes por semana, durante três meses seguidos, já induz a cronificação da dor.

Recomendações
O paciente sujeito a dores de cabeça deve:
• Descobrir as situações que provocam dor de cabeça.
• Empregar todas as estratégias possíveis para manter seu estresse sob controle.
• Fazer exercícios físicos regulares.
• Evitar alimentos e bebidas conhecidos por desencadear cefaléia: bebidas alcoólicas, aspartame (adoçante artificial), cafeína, frutas cítricas etc.
• Não abusar de analgésicos.
• Se não se sentir capaz de praticar, sozinho, técnicas de relaxamento e de alongamento.
• Consultar um médico sempre que necessário.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Mas afinal, o que é cidadania? - Prof. Aline Duarte - Saúde Pública II

Vamos entender...

CIDADANIA
CIDADÃO
CIVITAS
CIVITATE
CIDADE

Cidadania ...

Palavra derivada de cidadão, que vem do latim civitas

Na Roma antiga --> cidadãos --> civitate

CIDADÃO aquele que estava integrado na vida política da cidade

Então, durante muito tempo os direitos da cidadania foi privilégio restrito a algumas classes e grupos.

Ao longo do tempo, a definição de cidadania foi sofrendo alterações
* pelas alterações dos modelos econômicos,políticos e sociais
* Pelas conquistas, resultantes das pressões exercidas pelos excluídos dos direitos e garantias.

A cidadania na idade média

* Hierarquia piramidal
* Relação de dependência pessoal
* Conceito de cidadania diluiu
* Homem medieval jamais foi CIDADÃO

Cidadania na idade moderna

* Queda da autoridade política, declínio da autoridade religiosa e tradicional com o poder centralizado nas mãos do rei.

* Pensadores defendem:
- governo democrático com ampla participação popular
- fim de privilégios da nobreza e do clero sobre o povo
- ideais de liberdade e igualdade
- direitos fundamentais do homem
- tripartição de poder

* Cidadão relacionado à capacidade para participar no exercício do poder político mediante o processo eleitoral.

Cidadania no Brasil, um pouco da história...
* Conquista da cidadania está relacionado:
- a história das lutas pelos direitos fundamentais da pessoa
- aos massacres, violência, exclusão e outras variáveis que caracterizam o Brasil desde os tempos da colonização
- com movimentos patrióticos reivindicativos de liberdade para o País (inconfidência mineira, canudos, independência, abolição e, já na república, a luta pela democracia)
- ao estudo histórico da evolução constitucional do País

Cidadania, nacionalidade e naturalidade

A Constituição imperial de 1824 e a primeira Constituição republicana de 1891 consagravam a expressão cidadania e a partir de 1930 ocorre uma nítida distinção nos conceitos de cidadania, nacionalidade e naturalidade.

* A segunda metade do século XX foi marcada por avanços sócio-políticos importantes:
- o processo de transição democrática,
- a volta de eleições diretas
- a promulgação da Constituição de 1988, a “Constituição Cidadã”

“essa será a Constituição cidadã, porque recuperará como cidadãos milhões de brasileiros, vítimas da pior das discriminações: a miséria”. “ Cidadão é o usuário de bens e serviços do desenvolvimento. Isso hoje não acontece com milhões de brasileiros, segregados nos guetos da perseguição social”.
( Ulysses Guimarães em seu discurso na Constituinte em 27 de julho de 1988)
Cidadania é...
...a qualidade ou estado do cidadão (indivíduo, pessoa) no gozo dos direitos civis e políticos de um Estado, ou no desempenho de seus deveres para com este.
No dizer de Dalmo Dallari:

“um conjunto de direitos que dá à pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo.
Quem não tem cidadania está marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de decisões, ficando numa posição de inferioridade dentro do grupo social”

E como estamos hoje?
* Grande quantidade de direitos
(Direitos à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade, a segurança, a educação de qualidade, ao meio ambiente equilibrado, ao emprego, a seguridade social, a votar e ser votado, a moradia, a saneamento básico, a moradia, ao esporte, ao lazer, ao respeito a sua privacidade, a aposentar-se, a escolher sua religião, a expressar sua opinião)

* Estabelecidos pela legislação
(Ação Popular, Ação Civil Pública, Mandado de Injunção, Mandado de Segurança, a ampla defesa, a ter um defensor público)

* Alcançam todos os indivíduos, sem restrições.

Mas, se já estão assegurados os direitos e liberdades, o que falta então?

Exercê-los
TORNÁ-LOS REALIDADE NA VIDA DAS PESSOAS

O que ocorre então? Na prática...
Há uma reiterada inobservância desses direitos de cidadania contra a maioria da população excluída dos bens e serviços.

No Brasil, a cidadania ainda engatinha
há muito que ser feito

É necessário praticar a cidadania
* Não se pode esperar que ninguém faça alguma coisa senão os próprios brasileiros

* Cada brasileiro precisa se tornar
- um cidadão por inteiro
- autor de sua realidade
- construtor de sua Pátria.

É necessário exercer a cidadania...
Fazer valer os direitos garantidos, exigir sua observância e zelar para que os direitos sejam respeitados.

É necessário...Construí-la e conquistá-la.É necessário...Sentir-se responsável pelo bom funcionamento das instituições. É necessário exercer a cidadania...Para ter uma humanidade mais decente, livre e justa a cada dia.Então, pratique...Exerça sua cidadania. Como? Exigindo que sejam cumpridas as leis.Sendo consciente, capaz de co-responsabilidade e co-gestão no esforço comum do crescimento e desenvolvimento da sociedade.Reconhecendo o direito fundamental de satisfação das necessidades básicas de todos os cidadãos.

Exemplos de ações de cidadania

* Movimentos contra a miséria, pela vida, pela ética na política, pela erradicação do trabalho infantil, de combate a corrupção
* Divulgação da gratuidade do registro de nascimento, do exame de DNA, da carteira de trabalho e da primeira via da identidade, da vacinação infantil, dos números do PROCON, das ouvidorias dos serviços públicos, dos disque-denúncias
* Mutirões para alistamento eleitoral e troca de domicílio eleitoral
* Participar de audiências públicas, dos conselhos (saúde, educação), conselho de classe, movimento estudantis, associação de bairro, ONG
* Memorável a ação dos “caras-pintadas”, movimento espontâneo de jovens que contribuiu para o impeachment do presidente Collor.

Dados preocupantes sobre as nossas relações de cidadania

* Pesquisa sobre as nossas relações de cidadania revela:

- 56% dos brasileiros não têm vontade de participar das práticas capazes de influenciar nas políticas públicas
- 35% nem tem conhecimento do sejam essas práticas
- 26% acham esse assunto “chato demais” para se envolver com ele

Fonte: Ibope de 25.11.03

Dados positivos sobre as nossas relações de cidadania

- 44% dos entrevistados manifestaram algum interesse em participar para a melhoria das atividades estatais, e entendem que o poder emana do povo como está previsto na Constituição
- 54% dos jovens (entre 16 e 24 anos), têm interesse pela coisa pública. O interesse progressivamente à medida que a idade aumenta
- A pesquisa ajuda a desmontar a idéia de que o jovem é apático ou indiferente às coisas do seu país. Ele quer participar.

Qual ação de cidadania você gostaria de implantar na sua comunidade?

CUIDADOS COM IMUNOBIOLÓGICOS - Aline Duarte - Saúde Pública II

“TODO DIA É DIA DE VACINA”
Calendário Oficial de Vacinação para o Estado de São Paulo - 2006

IDADE VACINAS
Ao nascer BCG, Hepatite B
2 meses Poliomielite, Hepatite B(1) , Tetravalente (DTP+Hib), Rotavírus (2)
4 meses Poliomielite, Tetravalente (DTP+Hib), Rotavírus (3)

6 meses Poliomielite, Hepatite B (4), Tetravalente (DTP+Hib)
9 meses Febre Amarela (5)
12 meses Sarampo – Caxumba – Rubéola (SCR) - TV
15 meses DTP, Poliomielite
4 a 6 anos DTP, Poliomielite, SCR(TV)
15 anos (6) dT

Rede de frio

A Rede de Frio ou Cadeia de Frio é o processo de armazenamento, conservação, manipulação, distribuição e
transporte dos imunobiológicos do Programa Nacional de Imunizações, e deve ter as condições adequadas de refrigeração,
desde o laboratório produtor até o momento em que a vacina é administrada.

O objetivo final da Rede de Frio é assegurar que todos os imunobiológicos administrados mantenham suas
características iniciais, a fim de conferir imunidade, haja vista que são produtos termolábeis, isto é, se deterioram depois
de determinado tempo quando expostos a variações de temperaturas inadequadas à sua conservação. O calor acelera a
inativação dos componentes imunogênicos.

É necessário, portanto, mantê-los constantemente refrigerados, utilizando instalações e equipamentos adequados
em todas as instâncias: nacional, estadual, regional ou distrital e municipal/local. Um manuseio inadequado, um
equipamento com defeito, ou falta de energia elétrica podem interromper o processo de refrigeração, comprometendo a potência e eficácia dos imunobiológicos.
É necessário,para a Rede de Frio:
1. Equipe técnica;
2. Equipamentos;
3. Instâncias de armazenamento;
4. Transporte entre as instâncias;
5. Controle de Temperatura;
6. Financiamento.

Distribuição nacional de vacinas

Vacinas demandadas pelo PNI, produzidas em Bio manguinhos.
CENADI Centro Nacional de Distribuição de Imunobiológicos

INCQS Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde



ARMAZENAMENTO: Equipamentos recomendados

Câmara de conservação



Geladeira tipo doméstica



GELADEIRA DO TIPO DOMÉSTICO
Critérios e cuidados básicos

1-Capacidade mínima de 280 litros
2-Congelador/Evaporador interno
3-Refrigerador duplex – não recomendado
4-Usar tomada exclusiva para o refrigerador
5-Retirar a lâmpada interna do refrigerador
6-Manter distante do sol e de possíveis fontes de calor
7-Deve estar nivelado e afastado 20 cm da parede
8-Não armazenar nada na porta
9-Fazer degelo a cada 15 dias ou quando necessário
10-Não armazenar outros produtos (alimentos, bebidas, sangue, exames de laboratório, etc.)
11-Não colocar qualquer elemento na geladeira que dificulte a circulação interna de ar
12-Fazer a leitura da temperatura diariamente, no início e no final da jornada de trabalho
13-Vacinas multidose: ao abrí-las colocar etiqueta com data e hora da abertura do frasco.

CONGELADOR - Gelo reciclável
1a. Prateleira - Vacinas tipo 1

2a. Prateleira - Vacinas tipo 2

3a. Prateleira - Estoque, soros, diluentes

Prateleira inferior - Garrafas com água colorida

CONGELADOR

No congelador (evaporador) colocar gelo reciclável, na posição vertical, ocupando todo o espaço. No caso das câmaras de conservação não existe o evaporador.O gelo reciclável serve para manter a temperatura baixa em caso de defeito ou falta de energia elétrica.

PRIMEIRA PRATELEIRA

Aqui devem ser colocadas as vacinas que podem ser submetidas a temperaturas negativas. São as vacinas mais sensíveis ao calor.São elas: Poliomielite, febre amarela e Sarampo. Devem ser colocadas em bandejas perfuradas para permitir a circulação de ar ou nas próprias embalagens do Laboratório produtor.

SEGUNDA PRATELEIRA

Aqui devem ser colocadas as Vacinas bacterianas, toxóides e hepatite B. São as vacinas mais sensíveis ao frio. Portanto, não podem ser submetidas a temperaturas negativas.DPT, dt, DT,Toxóide Tetânica, BCG, Raiva, Hepatite B, Febre Tifóide
Devem ser colocadas em cima de bandejas perfuradas para permitir a circulação de ar ou nas próprias embalagens do Laboratório produtor.
O termômetro de máxima e de mínima deve ser colocado em pé, na segunda prateleira, afixado com barbante ou arame.

TERCEIRA PRATELEIRA
Na terceira prateleira, podem ser colocados soros, diluentes e caixas com vacinas bacterianas. Deve-se ter o cuidado de permitir a circulação do ar entre as mesmas.

Na prateleira inferior, se tiver gavetas plásticas, estas devem ser retiradas e preencher com garrafas de água coloridas. Isto contribui para estabilizar a temperatura.

LIMPEZA DO REFRIGERADOR

Rotineiramente deve-se proceder a limpeza do refrigerador, de preferência a cada 15 dias ou quando a camada de gelo atingir 1,0 cm. Para proceder a limpeza do refrigerador, retirar todas as vacinas e colocá-las em uma caixa de isopor a temperatura de +2 a +8°C. Após a limpeza, ligar novamente o refrigerador e manter a porta fechada por mais ou menos 3 horas a fim de estabilizar a temperatura. Quando a mesma estiver entre +2 a +8°C deve-se retornar as vacinas.


1-Controlar a temperatura da caixa com termômetro de cabo extensor
2-Manter a caixa fora do alcance da luz solar
3-Manter longe de fontes de calor
4-Checar a temperatura constantemente (+2 A +8°C)

TRANSPORTE

O transporte dos imunobiológicos deve respeitar as normas preconizadas de temperatura (+2 a +8°C), desde o local de armazenamento até o destino final. É preciso dispor de equipamentos como caixas térmicas, de tamanho próprio à quantidade do produto a ser transportado, bobinas de gelo reciclável, em quantidade suficiente para manter a temperatura durante todo o percurso, e termômetro de cabo extensor para monitoramento da temperatura.


SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA:
Em caso de cortes de energia, defeitos
no refrigerador:
Manter os imunobiológicos dentro da geladeira por 6h – conservação perfeita
Transferir para caixas térmicas ou outro serviço
Informar nível superior
Registrar informações da ocorrência: motivo, hora, reutilização ou não, nº lotes, quantidade, data de validade do lote, condições de armazenamento, leitura da última temperatura, tempo de exposição.

PROCEDIMENTOS NA SALA DE VACINAÇÃO:

Temperatura
Impressos
Cliente – caderneta – vacina – reações – condições de saúde
Lavar as mãos
Preparar vacina
Criança: glúteo ( de bruços entre as pernas da mãe), braços (colo), gotas (colo, cabeça inclinada)
Registrar vacinas na caderneta, ficha, mapa, diário
Orientar próximas vacinas

PREPARO DE VACINAS INJETÁVEIS

LAVAGEM DAS MÃOS










EXERCÍCIO - Prof. Aline - Saúde Pública II

EXERCÍCIO

1) Uma criança de 3 meses de idade chega na sala de vacina de um Posto de Saúde para tomar as vacinas. O técnico de enfermagem ao indagar a mãe sobre o cartão de vacina, a mesma informou que seu filho nunca tomou nenhuma vacina. Frente a isso, quais as vacinas que serão administradas? Não esqueça os aprazamentos.

2) Uma criança com 1 ano e 5 dias de idade chega à sala de vacina acompanhada de sua mãe. Ao entregar o cartão de vacina o técnico de enfermagem percebe que a criança só tomou a BCG e a 1ª dose da Hepatite B ao nascer. Frente a essa situação quais as vacinas que serão administradas e os seus aprazamentos?

3) J.S.S., sexo masculino, 4 anos e 1 mês de idade. Chega a unidade de saúde acompanhado do pai apresentando no seu cartão de vacina: 1 dose de BCG, 2 doses contra hepatite B, 3 doses de Pólio, 2 doses de Rotavírus, 1 dose de Tríplice Viral, 3 doses de tetravalente e 1 reforço de DPT. Qual (s) vacinas serão administradas e o seus aprazamentos?

4) A.B.P., sexo feminino, 7 anos e 1 dia de idade, chega a unidade básica de saúde acompanhada da tia apresentando no seu cartão de vacina as seguintes vacinas: 1 dose de BCG, 1 dose contra hepatite B, 3 doses e um reforço de Pólio, 2 doses de Rotavírus, 1 dose e um reforço de Tríplice Viral. Qual (s) as vacinas que serão administradas? Não esqueça os aprazamentos.

CALENDÁRIOS VACINAIS - Aline Duarte - Saúde Pública II
















quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Para ajudar a quem não assistiu ao filme - Patch Adams - O amor é contagioso — SINOPSE

Sinopse

Após uma tentativa de suicídio e voluntariamente ser internado em um hospital psiquiátrico, Hunter "Patch" Adams descobre um belo dom de poder ajudar as pessoas usando o bom humor. Dois anos depois, Patch entra em uma universidade de medicina para se formar como um respeitável médico e ajudar o mundo colocando alegria no coração de seus pacientes. Em uma classe cheia, com pessoas desconfiando de suas notas e julgando mal seu modo de alegrar os doentes, Patch vai lutar contra um desafio, mas com isso vai por uma mensagem dentro da universidade que não só contagiará de alegria seus amigos, mas sim um mundo todo, pois ele provará que o Amor é contagioso.

Modelo de Prontuário

Galera, coloquei esse modelo de prontuário só para quem quiser dar uma olhada

Neuro Psiquiatria - Luís Filipe - QUEM NÃO SE COMUNICA, SE TRUMBICA

Elementos da Comunicação


Tipos de comunicação

* Verbal
* Não Verbal

Comunicação Verbal

- Verbal escrita

* Livros.
* Cartazes.
* Jornais.
* Cartas.
* Telegramas, etc…

- Verbal oral

* Diálogo entre duas pessoas.
* Rádio.
* TV.
* Telefone, etc…

Comunicação Não Verbal

* Postura

* Espaço Interpessoal

* Gesticulação

* Expressão Facial / Sorriso

* Contacto Visual

Gestos

Acompanham a linguagem falada e reforçam a mensagem verbal.

Os gestos são aprendidos e estão limitados pela sociedade e cultura onde estamos inseridos.

Aprendemos a utilizar um código gestual e interpreta-lo. Ajudam a interpretar o conteúdo das comunicações, definir os papeis e os desempenhos sociais.

Postura

A forma como nos posicionamos transmite aos outros se estamos interessados em estabelecer contacto ou se estamos interessados no que eles têm para dizer

Expressões Faciais

Quando comunicamos o nosso corpo também fala. As nossas expressões faciais comunicam os nossos sentimentos, emoções e reacções, intencionalmente ou não.

Através da nossa expressão facial podemos demonstrar respeito ou desrespeito para com os outros.

Contacto Visual

É algo muito potente. A sua ausência é entendida como desonestidade, ansiedade ou desinteresse. É também uma oportunidade perdida da nossa parte, pois não conseguimos aperceber-nos das reacções do outro.

Em contrapartida, quando fazemos contacto visual transmitimos interesse. Olhar os outros nos olhos também nos permite, saber do seu interesse em nós ou em algo que estão a observar.

Silêncios

Fazem parte integrante da comunicação

Bastante frequentes nas relações interpessoais

Embaraçosos

Criam um vazio nas relações afetando-as

Momento de profunda troca de emoções e sentimentos

Fundamentais, porque para escutar o outro é preciso estar em silencio

Toque

Abraço – muitas vezes intimida pelo medo de não ser correspondido

Garner (1997) aconselha a resolver este problema através de um aperto de mão, onde colocamos a nossa mão esquerda no ombro direito da pessoa a quem apertamos a mão. Na grande maioria das vezes a outra pessoa irá estender o seu braço esquerdo para nós e abraçar-nos.

Acenar com a cabeça


Permite-nos transmitir aos outros que estamos a compreender aquilo que estão a dizer e incentiva-os a continuar.

Existem algumas pessoas que não usam esta linguagem gestual, transmitindo uma mensagem de discordância, desinteresse ou confusão relativamente ao assunto.

Sorrir

Os três principais tipos de sorriso , segundo Lambert, são:

Sorriso Simples - com os lábios fechados e para cima nos cantos – quando sorri para si mesma

Sorriso para Cima – com os lábios para cima nos cantos e aberto – quando sorrimos para outra pessoa

Sorriso Largo - com os lábios para cima e com os dentes claramente à mostra – quando estamos nos a divertir

Roupa e Adornos

A maneira como nos vestimos comunica algo aos outros, não só através das cores (alegres, escuras), mas através dos tecidos e do corte utilizado.

Ex: uniformes - através deles sabemos o papel desempenhado pelo sujeito

Comunicação Terapêutica

Ajudar o outro na comunicação consigo mesmo, com os outros no seu processo de solução de conflitos e comportamento mais adaptativo.

Neuro Psiquiatria - Luís Filipe - AVALIAÇÃO PSICOPATOLÓGICA

Avaliação Psicopatológica

A entrevista, juntamente com a observação cuidadosa do paciente é o principal instrumento de conhecimento da psicopatologia.

Todos os homens por natureza, desejam conhecer.
Aristóteles (348-322 a.C.)

*Anamnese
- Histórico dos sinais e sintomas que o paciente apresenta ao longo de sua vida.
Antecedentes pessoais e familiares, sociais

*Exame Psíquico
- Exame do estado mental atual:
- aparência, atitude,
- consciência, orientação, atenção, memória, inteligência,
- sensopercepção, fala, pensamento, humor, afeto,
- consciência do eu, vontade, pragmatismo, consciência de morbidade e planos para o futuro.

Exame físico

*Não deve ser ignorado

*Pacientes psiquiátricos apresentam morbidade física mais frequentes que a população geral.

*O exame físico pode ser utilizado como um excelente “instrumento” de aproximação afetiva principalmente com pacientes muito regredidos, inseguros e mesmo com psicóticos.

Avaliação Neurológica

* Identificar possível lesão ou disfunção do sistema nervoso central ou periférico

* Assimetrias: força muscular nos membros, reflexos miotáticos profundos e musculocutânios superficiais

* Reflexo de preensão, sucção, orbicular dos lábios, palmomentual

Exames Complementares

* Laboratoriais :
- Bioquímico, citológico, imunológico do líquido cerebrospinal, hemograma, eletrólitos, metabólicos, hormônios

* Neurofisiológicos e de neuroimagens:
- Tomografia computadorizada do cérebro, ressonância magnética do cérebro,

Entrevista com o Paciente


Paciente

* Contexto institucional

* Objetivo da entrevista

* Personalidade do entrevistador

Evitar
*Posturas rígidas e esteriotipadas
*Atitude excessivamente neutra ou fria
*Reações exageradamente emotivas
*Julgamentos
*Reações intensas de pena ou compaixão
*Hostilidade ou agressão
*Entrevista prolixa
*Anotações excessivas durante a entrevista

Entrevista com o Paciente

* Apresentar-se

* Sigilo

* Escuta atenta

* Ter em mente o objetivo

Aspecto Global do Paciente – Postura Geral

*Ativa – paciente com energia, toma a iniciativa, sugere o que fazer

*Excessivamente ativa – pacientes histriônicos, maníacos, alguns delirantes

*Passiva – paciente apático “largado”, indiferente. (quadros de demência, depressões, personalidade passivas, esquizofrenia crônica)

Roupas e acessórios

* Anorexia nervosa – roupas largas e escuras

* Demência – higiene e roupas descuidadas, dentes sujos, ausencia de senso crítico em relação a aparência

* Depressão – poupas escuras, desalinhadas, sujas, cabelos despenteados, higiene descuidada.

* Histeria – roupas chamativas, muita maquiagem, roupas muito curtas e decotadas.

* Mania – roupas coloridas, chamativas, muita maquiagem, perfume em excesso, roupas muito curtas e decotadas.

* Personalidade borderline – roupas extravagantes, muitos piercing, marcas no corpo, tatuagens, cabelos coloridos.

* Transtorno obssessivo compulsivo – roupas muito certinhas, roupas passadas de forma impecavel, cabelos penteados ultracuidadosamente

Atitudes Globais

* Afetada – fala, gesticulação e andar teatral (artificial)

* Arrogante – coloca-se como superior acima do entrevistador, ironiza e critica constantemente

* Amaneirada – comportamento caricatual

* Confusa – parece não entender nada

* Indiferente – não parece estar na entrevista

* Inibida – não encara o examinador, demonstra estar pouco a vontade, se segura para não falar

* Irônica – faz comentários críticos a toda hora

* Queixosa – queixa-se todo tempo de seus problemas, autopiedade

* Deprimida – triste e desanimado de modo geral

* Desconfiada – olhar, postura modo de ouvir e responder, medo

* Desinibida – contato extremamente fácil, fala e pergunta sobre itimidades

* Manipularora – chantagens, indiretas, ameaças para conseguis o que quer.

* Não-Cooperante – não colabora com solicitações básicas

* Negativista – recusa-se a participar da entrevista, recusa-se a tudo que é solicitado.

* Perplexo – assustado parece não entender nada que está acontecendo na entrevista.

* Dissimuladora – tenta ocultar sintomas ou fatos de sua vida com algum intuito

* Teatral – quer chamar atenção, dá grande expressão a coisas corriqueiras

* Evasiva – evita responder a perguntas, dá respostas inespecíficas

* Esquiva - não deseja o contato social e foge dele

* Excitada – fala e gesticula muito (acelerada)

* Expansiva – “dono do pedaço”

* Grudenta – difícil de encerrar a conversa

* Hostil – provoca, parece querer confronto

* Querelante – briga por se sentir ofendido

* Reivindicativa – exige o que julga ser seu direito (insistente)

* Sedutora – elogia, tenta agradar o examinador, às vezes sexulmente

* Simuladora – tenta aparentar um sintoma que não tem

* Passiva – atende passiva e imediatamente sem questionar as solicitações

Neuro Psiquiatria - Luís Filipe - Complemento para COMUNICAÇÃO TERAPÊUTICA

Comunicação é entendida como o processo de compreender, compartilhar mensagens enviadas e recebidas, sendo que as próprias mensagens e o modo como se dá o seu intercâmbio exercem influência no comportamento das pessoas nele envolvidas, em curto, médio ou longo prazo.
Neste processo utilizamos como instrumento a comunicação verbal e não-verbal.
A comunicação verbal refere-se á linguagem escrita e falada, aos sons e palavras que usamos para nos comunicar.
A comunicação não-verbal envolve todas as manifestações de comportamento não expressas por palavras. muitas vezes é por meio dela que identificamos se o paciente está com dor, medo, irritado, ansioso ou preocupado. Entre essas manifestações destacamos a expressão facial (mímica, olhar) e a corporal (postura física e gestos), ou seja, os movimentos do nosso corpo e, ainda, outras manifestações que poderíamos chamar fisiológicas (rubor, sudorese, tremores, lacrimejamento, palidez).
É por meio da comunicação vivenciada pelos membros da equipe de enfermagem e pacientes, ao interagirem, que se podem efinir metas, objetivos a serem atingidos pelo paciente, pela equipe, ou em conjunto, para ajudá-lo a sentir-se como ser humano e pessoa capaz de encontrar soluções para os seus problemas, sendo útil a seus semelhantes e contribuindo para a sociedade em que vive. Estabelece-se, assim uma "troca" entre o homem e seu meio.
A comunicação terapêutica cinsiste na habilidade profissional em usar seu conhecimento sobre comunicação para ajudar a pessoa, com tensão temporária, a conviver com outras pessoas e ajustar-se ao que pode ser mudado, superando os bloqueios a auto-realilzação para enfrentar seus problemas.
Stefanelli preconiza algumas técnicas e passos, descritos a seguir, para tornar terapêutica a interação enfermagem-paciente:
* Estimular o paciente a descrever sua esperiência. Exemplo: " fale-me mais sobre isto."
* Manter-se em silêncio. Exemplo: durante a interação o paciente para de falar, ficando com expressão de choro iminente. O profissional deve ficar em silêncio por algum tempo, aguardando a verbalização do paciente.
* Manter o foco num só assunto. Exemplo: "estávamos falando sobre..."
* Clarear as idéias expressas pelo paciente. Exemplo: "você estava dizendo que..."
* Expressar-se em termos concretos. Exemplo: "sua família virá amanhã."
* Não começar frases com "PorquÊ?" e " Como?"
* Tentar entender os sentimentos não expressos verbalmente e demonstrar interesse pelo paciente. Exemplo: "percebo que você está triste hoje..."

Um dos aspéctos mais importantes é o profissional de enfermagem ter sempre em mente que, quando usa as técnicas de comunicação terapêutica, ao mesmo tempo que ajuda o paciente a expressar, classificar e compreender sua experiência, está servindo de modelo para ele. Com este profissional o paciente aprende a usar padrões mais aceitos de comunicação interpessoal e a corrigir sua comunicação.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Clínica Cirúrgica-II Prof-Hélia Valêska - Intercorrências Digestivas no Pós-Operatório

Insuficiência respiratória no pós-operatório de cirurgia cardíaca
INTRODUÇÃO
Os problemas pulmonares são as causas mais significativas de morbidade no pós-operatório de cirurgia cardíaca, especialmente nos pneumopatias, razão pela qual esses pacientes devem ser cuidadosamente avaliados no pré-operatório A insuficiência respiratória é uma complicação freqüente, e aproximadamente 5% dos pacientes requererão suporte ventilatório adicional, em decorrência de pobre oxigenação e/ou de ventilação inadequada.
A instalação da insuficiência respiratória encontra-se na dependência dos seguintes fatores:
1) pré-operatórios — pacientes portadores de pneumopatias, em vigência de descompensação cardíaca, ou com doenças que interfiram na função respiratória ou em seu estado nutricional;
2) intra-operatórios — serão comentados a seguir;
3) pós-operatórios — efeitos das alterações ocorridas no intra-operatório, secundárias a anestesia e circulação extracorpórea, gerando tanto alterações nas trocas na membrana alvéolo capilar pulmonar como ventilatórias. Alterações pós-operatórias concorrem ainda para: estabelecimento ou perpetuação do quadro de insuficiência respiratória; disfunção ventricular esquerda; hiper-hidratação; broncospasmo; distúrbios hidroeletrolíticos, endocrinológicos e nutricionais, gerando alterações ventilatórias; presença de efusões pleurais; mau posicionamento da cânula endotraqueal; e má programação de parâmetros ventilatórios.
Após a toracotomia, a complacência dos pulmões e da caixa torácica decresce significativamente. O máximo de decréscimo ocorre em cerca de três dias, mas persiste, em menor grau, por seis ou mais dias.
IDENTIFICAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA DOS PACIENTES DE RISCO
Os pacientes com risco potencial são aqueles que apresentam os seguintes fatores:
1) Idade avançada.
2) Obesidade.
3) Tabagismo: se vigente até dois meses antes da cirurgia, associa-se com incidência quatro vezes maior de complicações pulmonares pós-operatórias; parar de fumar poucos dias antes da cirurgia aumenta a secreção mucosa pulmonar.
4) Portadores de doença pulmonar intrínseca:
a) doença pulmonar obstrutiva crônica;
b) asma ativa, particularmente dependente de corticoterapia;
c) fibrose e hipertensão pulmonar;
d) toxicidade medicamentosa (amiodarona);
e) infecção pulmonar ativa.
5) Condições gerais do paciente:
a) estado nutricional — fraqueza e ineficácia da musculatura respiratória, e maior suscetibilidade a infecções;
b) sobrecarga de volume ou insuficiência cardíaca congestiva, podendo comprometer as trocas gasosas;
c) doenças sistêmicas ativas comprometendo a competência do sistema respiratório;
d) alterações do estado mental e da função neuromuscular;

Antes da cirurgia, devem ser realizados os seguintes exames:
1) Radiografia de tórax, realizada em todos os pacientes para identificar infiltrações e massas pulmonares.
2) Testes de função pulmonar para identificar doença pulmonar obstrutiva crônica grave, caracterizada por fluxo expiratório 25-75,
3) Gasometria arterial: a paCO2 elevada tem sido valorizada como marcador de morbidade e mortalidade pós-operatória. São sinais de pobre prognóstico pós-operatório:
a) paCO2 maior que 50 mmHg;
b) paO2 menor que 60 mmHg.

ASSISTÊNCIA VENTILATÓRIA AO PACIENTE NO PÓS-OPERATÓRIO

Avaliação inicial do paciente no pós-operatório
Deverá incluir revisão do curso intra-operatório, exame físico cuidadoso, avaliação dos gases sanguíneos e radiografia simples de tórax, com o objetivo de determinar:
— posição do tubo endotraqueal (2 cm acima da carina
— posição do cateter venoso central;
— posição da sonda nasogástrica;
— posição do cateter de artéria pulmonar;
— posição do eletrodo de marca passo e dos fios de aço;
— posição do balão de contrapulsação intra-aórtico;

As complicações que podem ocorrer incluem: atelectasia, alargamento do mediastino, hemotórax ou pneumotórax, insuficiência cardíaca congestiva e hiperinsuflação pulmonar.
INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA NO PÓS-OPERATÓRIO
A insuficiência respiratória no pós-operatório pode ser aguda ou crônica

A insuficiência respiratória aguda é definida como a incapacidade do sistema respiratório em manter as necessidades metabólicas do organismo, resultando em hipoxia.
A insuficiência respiratória crônica caracteriza-se pela incapacidade em se retirar o paciente do ventilador nas primeiras 48 a 72 horas após a cirurgia, por comprometimento primário da oxigenação ou por insuficiência ventilatória.

CLINICA CIRÚRGICA II - PROF-HÉLIA VALÊSKA - Intercorrências Respiratórias

Intercorrências Respiratórias
Insuficiência respiratória no pós-operatório de cirurgia cardíaca
INTRODUÇÃO
Os problemas pulmonares são as causas mais significativas de morbidade no pós-operatório de cirurgia cardíaca, especialmente nos pneumopatias, razão pela qual esses pacientes devem ser cuidadosamente avaliados no pré-operatório A insuficiência respiratória é uma complicação freqüente, e aproximadamente 5% dos pacientes requererão suporte ventilatório adicional, em decorrência de pobre oxigenação e/ou de ventilação inadequada.
A instalação da insuficiência respiratória encontra-se na dependência dos seguintes fatores:
1) pré-operatórios — pacientes portadores de pneumopatias, em vigência de descompensação cardíaca, ou com doenças que interfiram na função respiratória ou em seu estado nutricional;
2) intra-operatórios — serão comentados a seguir;
3) pós-operatórios — efeitos das alterações ocorridas no intra-operatório, secundárias a anestesia e circulação extracorpórea, gerando tanto alterações nas trocas na membrana alvéolo capilar pulmonar como ventilatórias. Alterações pós-operatórias concorrem ainda para: estabelecimento ou perpetuação do quadro de insuficiência respiratória; disfunção ventricular esquerda; hiper-hidratação; broncospasmo; distúrbios hidroeletrolíticos, endocrinológicos e nutricionais, gerando alterações ventilatórias; presença de efusões pleurais; mau posicionamento da cânula endotraqueal; e má programação de parâmetros ventilatórios.
Após a toracotomia, a complacência dos pulmões e da caixa torácica decresce significativamente. O máximo de decréscimo ocorre em cerca de três dias, mas persiste, em menor grau, por seis ou mais dias.
IDENTIFICAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA DOS PACIENTES DE RISCO
Os pacientes com risco potencial são aqueles que apresentam os seguintes fatores:
1) Idade avançada.
2) Obesidade.
3) Tabagismo: se vigente até dois meses antes da cirurgia, associa-se com incidência quatro vezes maior de complicações pulmonares pós-operatórias; parar de fumar poucos dias antes da cirurgia aumenta a secreção mucosa pulmonar.
4) Portadores de doença pulmonar intrínseca:
a) doença pulmonar obstrutiva crônica;
b) asma ativa, particularmente dependente de corticoterapia;
c) fibrose e hipertensão pulmonar;
d) toxicidade medicamentosa (amiodarona);
e) infecção pulmonar ativa.
5) Condições gerais do paciente:
a) estado nutricional — fraqueza e ineficácia da musculatura respiratória, e maior suscetibilidade a infecções;
b) sobrecarga de volume ou insuficiência cardíaca congestiva, podendo comprometer as trocas gasosas;
c) doenças sistêmicas ativas comprometendo a competência do sistema respiratório;
d) alterações do estado mental e da função neuromuscular;

Antes da cirurgia, devem ser realizados os seguintes exames:
1) Radiografia de tórax, realizada em todos os pacientes para identificar infiltrações e massas pulmonares.
2) Testes de função pulmonar para identificar doença pulmonar obstrutiva crônica grave, caracterizada por fluxo expiratório 25-75,
3) Gasometria arterial: a paCO2 elevada tem sido valorizada como marcador de morbidade e mortalidade pós-operatória. São sinais de pobre prognóstico pós-operatório:
a) paCO2 maior que 50 mmHg;
b) paO2 menor que 60 mmHg.

ASSISTÊNCIA VENTILATÓRIA AO PACIENTE NO PÓS-OPERATÓRIO

Avaliação inicial do paciente no pós-operatório
Deverá incluir revisão do curso intra-operatório, exame físico cuidadoso, avaliação dos gases sanguíneos e radiografia simples de tórax, com o objetivo de determinar:
— posição do tubo endotraqueal (2 cm acima da carina
— posição do cateter venoso central;
— posição da sonda nasogástrica;
— posição do cateter de artéria pulmonar;
— posição do eletrodo de marca passo e dos fios de aço;
— posição do balão de contrapulsação intra-aórtico;

As complicações que podem ocorrer incluem: atelectasia, alargamento do mediastino, hemotórax ou pneumotórax, insuficiência cardíaca congestiva e hiperinsuflação pulmonar.
INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA NO PÓS-OPERATÓRIO
A insuficiência respiratória no pós-operatório pode ser aguda ou crônica

A insuficiência respiratória aguda é definida como a incapacidade do sistema respiratório em manter as necessidades metabólicas do organismo, resultando em hipoxia.
A insuficiência respiratória crônica caracteriza-se pela incapacidade em se retirar o paciente do ventilador nas primeiras 48 a 72 horas após a cirurgia, por comprometimento primário da oxigenação ou por insuficiência ventilatória.